Cidades

Lei proíbe motorista-cobrador desde 2002 em Indaiatuba

HUGO ANTONELI JUNIOR

INDAIATUBA – No dia em que se apresentaram novos ônibus para o transporte público da cidade, voltou à discussão um projeto que não é nada recente. Faz quase 16 anos que é proibido haver motoristas-cobradores em Indaiatuba.

Uma lei (4163) sancionada pelo ex-prefeito Reinaldo Nogueira de autoria do vereador Renato Riggio Junior em abril de 2002, proíbe a substituição do posto de trabalho de cobrador por meio magnético, mecânico ou eletrônico na cobrança de passagens em ônibus urbanos.

Os ônibus da Sou Indaiatuba, da Santa Cecília Turismo (Sancetur), apresentados à imprensa na quarta-feira (7) não tinham lugar para o posto de cobrador. Os representantes da empresa disseram, porém, que “seguem todas as leis e que adequações podem ser feitas”. A informação sobre a validade da lei foi confirmada pelo prefeito, Nilson Gaspar (PMDB), e pelo secretário de turismo, Wanderley José Boni.

O não-cumprimento, ainda de acordo com o texto aprovado, resultava em uma multa diária de R$ 10 mil por veículo sem cobrador. A multa deveria ser aplicada pela Prefeitura e reajustada pela mesma anualmente.

Paralisação

O Sindicato dos Rodoviários paralisou totalmente transporte público da cidade por cerca de uma hora. Antes, 30% da frota estava parada perto da Prefeitura para protestar contra a perda de empregos de cobradores nestes veículos que não precisam de cobradores. Quase houve confronto com a Guarda Civil e Polícia Militar quando os manifestantes tentaram se aproximar do paço municipal.

Ainda segundo os representantes dos trabalhadores, a dívida da antiga empresa com os colaboradores, a ser paga pela Citi, é de R$ 5 milhões e para eles irem para a nova empresa, precisariam pedir demissão e perder todos os direitos de receber este dinheiro.

Sancetur

A empresa confirmou que dará preferência à contratação de funcionários da Citi no processo de seleção. Um documento assinado por representantes da Santa Cecília Turismo e do sindicato, datado em 31 de janeiro, mostra as intenções da empresa em manter os funcionários.

foto: divulgação