Indaiatuba

20/11: Feriado da Consciência Negra

Hoje é feriado em seis dos sete municípios que fazem limite com Indaiatuba (SP). Só em Elias Fausto e Monte Mor que não é. Itu, Itupeva, Campinas, Cabreúva e Salto tem “folga” cinco dias após o feriado de Proclamação da República. Em Indaiatuba também não é feriado. As principais cidades do Estado de São Paulo, incluindo a capital, tem feriado nesta quarta-feira, dia 20 de novembro, instituído como o Dia da Consciência Negra, por ser a data em que morreu o líder negro Zumbi dos Palmares.

Em alguns estados há o feriado em todas as cidades, como no Rio de Janeiro, Mato Grosso, Amapá, Amazonas. Em outros, como Minas Gerais e Bahia, não é. Em São Paulo, 15% dos municípios decretam feriado nesta data, o equivalente a 98 entre os 645.

As principais cidades do interior estão nesta lista, como Campinas, Sorocaba, Jundiaí, Piracicaba, Limeira, Americana, além da capital que tem 12 milhões de habitantes. Cidades próximas de Indaiatuba também consideram a data, além de Campinas, Porto Feliz, Sumaré e Hortolândia estão na lista. Outras muito conhecidas como Aparecida, Barretos, Diadema e Santos também folgam nesta data.

Mas, afinal, por que não é feriado?

A discussão de feriado/não-feriado não é nova. Como o Estado de São Paulo não decretou para todas as cidade, ficou a cargo de cada município decidir. Em Indaiatuba, por exemplo, é feriado no Dia da Padroeira Nossa Senhora da Candelária, em 2 de fevereiro, mas não é feriado no dia do aniversário da cidade, que é lembrado no dia 9 de dezembro. O motivo? Já haveria muitos feriados na cidade.

A Câmara de vereadores e a Prefeitura são contra o feriado de Consciência Negra por um motivo, o prejuízo da indústria com mais um feriado. O tema já foi amplamente discutido e é quase consenso entre o Executivo e o Legislativo que a cidade não deve ter este feriado para não prejudicar as empresas instaladas na cidade, principalmente depois de outro feriado, que vem cinco dias antes.

Quem foi Zumbi

Zumbi dos Palmares nasceu no estado de Alagoas no ano de 1655. Foi um dos principais representantes da resistência negra à escravidão na época do Brasil Colonial. Foi líder do Quilombo dos Palmares, comunidade livre formada por escravos fugitivos das fazendas.

O Quilombo dos Palmares estava localizado na região da Serra da Barriga, que, atualmente, faz parte do município de União dos Palmares (Alagoas). Na época em que Zumbi era líder, o Quilombo dos Palmares alcançou uma população de aproximadamente trinta mil habitantes.

Retrato de como seria Zumbi dos Palmares. foto: reprodução

Embora tenha nascido livre, foi capturado quando tinha por volta de sete anos de idade. Entregue a um padre católico, recebeu o batismo e ganhou o nome de Francisco. Aprendeu a língua portuguesa e a religião católica, chegando a ajudar o padre na celebração da missa. Porém, aos 15 anos de idade, voltou para viver no quilombo.

O bandeirante Domingos Jorge Velho organiza, no ano de 1694, um grande ataque ao Quilombo dos Palmares. Após uma intensa batalha, Macaco, a sede do quilombo, é totalmente destruída. Ferido, Zumbi consegue fugir, porém é traído por um antigo companheiro e entregue as tropas do bandeirante. Aos 40 anos de idade, foi degolado em 20 de novembro de 1695.

 

 

 

 

foto: arquivo/Comando Notícia