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Aulas na rede municipal de ensino da cidade de SP começam nesta segunda

As aulas na rede municipal de ensino da cidade de São Paulo são retomadas nesta segunda-feira (7). Mais de 1,08 milhão de estudantes voltam às escolas após as férias escolares.

A prefeitura da capital decidiu não seguir a recomendação estadual, e determinou o afastamento imediato crianças que tenham apenas um sintoma de Covid-19.

Em portaria publicada no último dia 28 de janeiro, a gestão de João Doria (PSDB) determinou que o afastamento ocorrerá se houver ao menos dois sintomas da doença. O critério do governo do estado que foi criticada por especialistas.

Além das regras para evitar o contágio dentro da sala de aula, os pais vão receber cartilhas com orientações e, por enquanto, o comprovante de vacinação contra a Covid não vai ser exigido.

De acordo com Secretaria Municipal da Educação, alunos não vacinados poderão assistir aulas, mas serão incentivados a receber imunização.

Dentre os professores, serão verificados diariamente os sintomas no início do turno de trabalho e quem apresentar febre ou sintomas respiratórios deve ser imediatamente afastado.

Já quanto aos alunos a orientação é uma busca ativa e, em caso de sintomas, o isolamento por 10 dias, mesmo se não der para testar.

Estado x Prefeitura

 

O pediatra Renato Kfouri, do departamento de imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria defende que crianças e funcionários não devam ir à escola se apresentarem um sintoma apenas.

“Não há porque esperar dois ou três sintomas. Sintoma respiratório é igual a caso suspeito. Seja um, sejam dois ou sejam três. Febre, tosse, coriza, dor de garganta, são sinais sugestivos de um quadro viral. E hoje o risco desse quadro viral ser Covid é muito grande”, afirma Kfouri.

Na rede estadual, para frequentar as aulas, a vacinação contra a Covid-19 também é obrigatória. O comprovante vai ser exigido a partir do segundo bimestre, que começa em 25 de abril, para dar tempo de concluir a imunização com as duas doses em todas as crianças de 5 a 11 anos.

O aluno que não se vacinar por contraindicação médica tem que apresentar atestado. Segundo o governo, nenhuma criança será impedida de frequentar as aulas. Entretanto, se em 60 dias a situação não for regularizada, o Conselho Tutelar vai ser comunicado da ausência de imunização.

 

Todas as regras também devem ser seguidas pelas escolas particulares, conforme a resolução da secretaria.

 

Rede privada

 

O Ministério Público instaurou um inquérito para apurar eventual falha ao seguir as normas na rede privada e, para evitar a ocorrência de surto nas escolas e colégios particulares, exige que todos os alunos, funcionários e professores apresentem exame de Covid-19 com resultado negativo, como condição indispensável para comparecimento às aulas e ingresso na escola.

Quem se recusar será afastado por dez dias.

O presidente do Sindicato das Escolas Particulares, Benjamin Silva, diz que pelo menos 15 escolas receberam a notificação do MP e que todas obedecem às regras estabelecidas.

Por g1 SP 

Foto: Reprodução