Serviço Aerotático e o transporte de órgãos para transplante: ação que vai muito além do combate à criminalidade
Criado em 1984, o Serviço Aerotático da Polícia Civil do Estado de São Paulo (SAT), completa 38 anos de existência em 2022.
Dentre as atribuições do SAT estão situações extremas como : estados de calamidade, tragédias, resgate no meio da mata e perseguição policial. Além de uma função importante e crucial para salvar vidas: o transporte de órgãos para transplantes.
Essa missão humanitária do SAT é tão freqüente quanto as operações de apoio à Polícia Civil. Para o Pelicano, helicóptero do Serviço Aerotático (SAT), não há barreiras.
O nome dado aos helicópteros do SAT é sugestivo, pelicanos são aves conhecidas por defenderem os filhotes com a própria vida, caso necessário.
Preparado para todos os tipos de operações, os helicópteros chegam a áreas isoladas e, em muitos casos, sua atuação é crucial para o desfecho de uma ocorrência policial ou o salvamento de uma vida.
As operações são realizadas por equipes do Serviço Aerotático (SAT) do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope), com o uso do helicóptero Pelicano da Polícia Civil
O Delegado de Polícia da Divisão de Operações Especiais do DOPE e Instrutor de vôo do SAT Mauricio Freire explica que o apoio é solicitado pela Central de Transplantes da Secretaria da Saúde, que tem convênio com a Polícia Civil e que nas ocorrências de transporte de órgãos, as equipes do Pelicano são compostas por um comandante que pilota o helicóptero, um copiloto e um tripulante, que é sempre um investigador formado em curso específico na Academia de Polícia. Os delegados que pilotam as aeronaves passam por treinamentos periódicos de emergência.
“As aeronaves Pelicano atravessam a cidade, de leste a oeste, em poucos minutos, e correr contra o relógio é essencial para atender ao tempo que um órgão consegue sobreviver e crucial para garantir à equipe médica maior agilidade para o sucesso do transplante” enfatiza Mauricio Freire.
O Brasil é o segundo maior do mundo em números absolutos, em transplantes de órgãos, perdendo apenas para os Estados Unidos, 95% dos transplantes são financiados pelo Sistema Único de Saúde – SUS, e vinha apresentando um crescimento contínuo da atividade até a chegada da pandemia.
Com um sistema custeado pelo governo, o Brasil está entre os países com destaque quando se trata de transplante de órgãos e o apoio aéreo do SAT, entre outros apoios importantes, é fundamental para o sucesso da missão de salvar vidas.
“Nos meus 44 anos de polícia, já vi e fiz muitas coisas, mas as missões humanitárias do SAT, é algo que me enche de alegria e tem um lugar especial no meu coração” finaliza o delegado Mauricio Freire.
Por Ana Lopes