Campinas confirma 1º caso de varíola dos macacos em criança, uma menina de 11 anos; região soma 121 infectados
Campinas (SP) confirmou nesta terça-feira (4) o primeiro caso de varíola monkeypox em uma criança. A paciente é uma menina de 11 anos que buscou atendimento na rede de saúde de uma cidade da região. O registro dela é considerado autóctone – por transmissão comunitária – segundo a Secretaria de Saúde da metrópole.
Assim como os demais infectados, ela e teve acompanhamento ambulatorial após apresentar sintomas. A menina está em casa e, até o momento, não há informações de contato dela com caso confirmado ou conhecido. Não há também casos suspeitos no domicílio.
Ela foi o 81º caso diagnosticado pela prefeitura, e divulgado nesta segunda (3).
No total, a região conta com 121 registros positivos do vírus monkeypox, distribuídos em 13 cidades. Em todo o estado de São Paulo são 3.755 casos, sendo 87 em bebês, crianças e adolescentes até 14 anos.
O sistema da Vigilância Epidemiológica de SP aponta, ainda, na região do Departamento Regional de Saúde de Campinas (DRS-7), um caso de varíola confirmado em uma criança de 4 anos moradora de Santa Bárbara d’Oeste (SP) e outro com idade entre 10 e 14 anos, morador de Várzea Paulista (SP). A DRS-7 abrange 42 municípios.
81 casos na metrópole
De acordo com a Prefeitura de Campinas, dos 81 casos de monkeypox na cidade, 28 foram contraídos fora do município e os demais 53 tiveram transmissão comunitária, são autóctones. Veja mais detalhes dos perfis:
- 75 são homens
- 6 são mulheres
- a faixa etária é de 11 a 57 anos
- 46 já concluíram o período de isolamento
- 35 estão com acompanhamento ambulatorial, sem gravidade e com boa evolução
“O atendimento para os pacientes com suspeita da doença está disponível nos centros de saúde, prontos-socorros, pronto atendimentos e no Centro de Referência em IST, HIV/Aids e Hepatites Virais”, disse a Secretaria de Saúde do município.
Pessoas que se infectaram com o vírus monkeypox – que não é transmitido por macacos, mas, sim, entre humanos – devem permanecer isoladas até que as “casquinhas” das lesões caiam. Esse processo leva, em média, 21 dias.
“Os contatos próximos devem monitorar o aparecimento de sintomas e evitar o contato físico com outras pessoas. Cuidadores e familiares não devem tocar em lesões e ter cuidado ao manipular roupas, lençóis e toalhas que foram usados pela pessoa infectada”, completou a Pasta.
Casos positivos de varíola na região
De acordo com o sistema estadual, não há novos casos entre as 31 cidades da região de Campinas desde a última sexta-feira (30). No entanto, o 81º registro de Campinas foi contabilizado pela prefeitura somente no boletim da última segunda (3).
Onde estão os 121 moradores que se infectaram:
- Campinas: 81
- Sumaré: 12
- Americana: 7
- Paulínia: 4
- Hortolândia: 3
- Jaguariúna: 3
- Valinhos: 3
- Indaiatuba: 2
- Vinhedo: 2
- Amparo: 1
- Espírito Santo do Pinhal: 1
- Monte Mor: 1
- Pedreira: 1
Sintomas
O principal sintoma é o aparecimento de lesões parecidas com espinhas ou bolhas que podem surgir no rosto, dentro da boca ou em outras partes do corpo, como mãos, pés, peito, genitais ou ânus.
Também podem aparecer os seguintes sinais:
- Caroço no pescoço, axila e virilhas
- Febre
- Dor de cabeça
- Calafrios
- Cansaço
- Dores musculares
A coceira da varíola dos macacos passa por diferentes estágios até a formação de lesões de pele — Foto: UKHSA
Como prevenir
- Evitar contato direto com lesões características.
- Lavar com frequência das mãos ou uso de álcool em gel.
- Limpar com frequência as superfícies de alto contato.
- Usar máscara em locais com aglomerações de pessoas.
- Evitar situações de contato físico pele a pele em ambientes com aglomeração.
- Usar fontes confiáveis para ter informações sobre a doença.
Com informações G1 Campinas