Após avaliação psicológica, PMs da Rota que mataram assaltante durante roubo voltam às ruas em SP
Após passarem por exame psicológico, os agentes da Rota que mataram um assaltante em um roubo na zona sul de São Paulo voltarão às ruas. A avaliação dos PMs foi feita ontem (14) pelo Programa de Acompanhamento e Apoio ao Policial Militar. A medida é de praxe, adotada sempre que um servidor atira durante uma ocorrência.
A ação dos policiais ocorreu na última sexta-feira (10) em frente a um semáforo e foi registrada em vídeos que viralizaram. O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, voltou a defender os policiais. O afastamento foi sugerido pela Ouvidoria da Polícia.
Até que se prove o contrário, pelo que eu vi naquele vídeo, a ação dos policiais está dentro da legalidade. Não há motivo para afastá-los do serviço operacional. Derrite apoia a versão apresentada pelos policiais, que disseram ter atirado porque o assaltante teria sacado a arma. O vídeo que viralizou, porém, mostra o homem fugindo do local e não indica reação.
Entretanto, a investigação ainda pode apontar algum tipo de movimento para reagir, já que ele estava armado. Isso pode ocorrer, por exemplo, com base em outras imagens, como as de câmeras nas fardas dos PMs ou de vídeos de monitoramento do entorno. Não precisa o criminoso sacar a arma e atirar no policial. Ao contrário do que alguns imaginam, o policial não tem que esperar tomar um tiro. A partir do momento que a pessoa faz a menção, a lei já dá o amparo para o policial evitar que o disparo aconteça.
Derrite já havia se posicionado sobre o caso em seu perfil no Twitter. Ele se referiu ao episódio como “confronto”, embora as imagens mostrem apenas os policiais atirando. Questionado pelo reportagem, Derrite diz que houve erro de interpretação. “Eu falei de confrontos de maneira geral, está no plural. Não tratei esse caso como ‘confronto’. O caso da Rota, eu tratei como ‘abordagem’. Esse caso também será apurado”, disse.
Com informações: UOL
Foto: Reprodução