Salto (SP) confirmou o primeiro caso de monkeypox, a mpox, nesta segunda-feira (11). Informações sobre o paciente não foram divulgadas.
De acordo com a prefeitura, o paciente foi isolado e segue fazendo tratamento conforme os protocolos de saúde. O nome e a idade dele não foram divulgados devido à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
A pasta também informa que pessoas que apresentarem sintomas devem procurar uma unidade de saúde ou hospital.
Em nota, a Prefeitura de Sorocaba (SP) divulgou que o município já registrou 11 casos da doença desde o início do ano.
Ainda conforme a pasta, dez dos pacientes se recuperaram da doença e até a última atualização desta reportagem, não há registro de mortes.
Em 2023, Sorocaba não registrou casos da varíola dos macacos, mas em 2022, 42 pessoas testaram positivo para a doença.
O vírus
A “‘varíola dos macacos”, como era então chamada essa doença, foi identificada pela primeira vez justamente em colônias de macacos, em 1958.
Hoje, porém, já sabemos que a infecção que recebeu o mais alto nível de alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS) na última semana também pode ser transmitida por roedores, como esquilos, e outros mamíferos, como até mesmo o cão doméstico. Por isso a mudança de nome.
Ela é causada pelo vírus chamado MPXV (do inglês, monkeypox virus). Esse vírus pertence à família dos Orthopoxvirus, um dos maiores e mais resistentes vírus de DNA já conhecidos.
Quais são os sintomas de mpox?
Os sintomas iniciais incluem febre, dores de cabeça, inchaços, dores nas costas e dores musculares.
Assim que a febre diminui, podem ocorrer erupções na pele. Elas geralmente começam pelo rosto e depois se espalham para outras partes do corpo, mais comumente nas palmas das mãos e nas solas dos pés.
Esses machucados, que podem causar muita coceira e dor, passam por diferentes estágios antes de finalmente formarem uma crosta, que posteriormente cai. Essas lesões ainda podem deixar cicatrizes.
A infecção geralmente desaparece sozinha e dura entre 14 e 21 dias. Em casos graves, as lesões podem atacar todo o corpo, principalmente a boca, os olhos e os órgãos genitais.
Como é o tratamento da mpox?
Existem três vacinas disponíveis contra a doença, mas geralmente apenas as pessoas em risco ou que tiveram contato próximo com uma pessoa infectada podem tomá-los. A OMS não recomenda atualmente a vacinação massiva, de populações inteiras.
No Brasil, que tem um risco baixo para o atual surto, a campanha de imunização começou em março de 2023, inicialmente focada em pessoas que vivem com HIV/aids (PVHA), profissionais de laboratórios que atuam em locais de exposição ao vírus, além de pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas.
Como a mpox é transmitida?
A mpox se espalha por meio do contato próximo com alguém infectado — inclusive por meio de sexo, contato pele a pele e até conversa ou respiração perto de outra pessoa.
O vírus pode entrar no corpo através de um ferimento na pele, do trato respiratório ou de olhos, nariz ou boca. O contato próximo com animais infectados, como macacos, ratos e esquilos, é outro possível caminho de contaminação.
Quem tem mais risco de se infectar com mpox?
A maioria dos diagnósticos envolve pessoas sexualmente ativas e homens que fazem sexo com homens. Indivíduos que possuem vários parceiros ou novos parceiros sexuais podem estar em maior risco.
Mas qualquer pessoa que tenha contato próximo com alguém com sintomas pode contrair o vírus — incluindo profissionais de saúde e familiares.
Os pacientes infectados devem ficar isolados até que todas as lesões desapareçam e devem usar preservativos durante as relações sexuais até 12 semanas após a recuperação, segundo as diretrizes da OMS.
Com informações: g1 Sorocaba e Jundiaí
Foto: Reprodução/ EPTV