Da Redação
Enquanto tratamentos farmacêuticos dominam, a polêmica terapia com células-tronco surge como uma alternativa menos agressiva. A história das células-tronco se inicia com observações rudimentares no século XIX, mas seu real destaque se deu a partir da década de 1980.
Um marco crucial foi o isolamento das células-tronco embrionárias humanas em 1998 pelo biólogo James Thomson, abrindo caminho para tratamentos inovadores, mas também para debates éticos. Anteriormente, na década de 1950, o transplante de medula óssea já demonstrava o potencial terapêutico das células-tronco adultas.
Em 2006, a descoberta das células-tronco pluripotentes induzidas (iPS) revolucionou a área, permitindo a reprogramação de células adultas, superando algumas barreiras éticas. Essas descobertas impulsionaram a pesquisa e o desenvolvimento de tratamentos com células-tronco na medicina moderna.
As células-tronco são células especiais que têm a capacidade de se diferenciar em diferentes tipos de células do corpo. Elas podem se transformar em células nervosas, células musculares, células ósseas, entre outras. As células-tronco também têm a capacidade de se autorrenovar, o que significa que elas podem se dividir e se reproduzir sem perder sua capacidade de se diferenciar.
Os tratamentos com células-tronco têm se mostrado promissores na regeneração de tecidos danificados e no tratamento de diversas condições de saúde. Aqui estão os quatro tratamentos mais eficazes, com detalhes sobre métodos de aplicação, resultados esperados e riscos envolvidos:
Terapia com Células-Tronco Embrionárias: Essa terapia utiliza células-tronco que têm a capacidade de se diferenciar em qualquer tipo celular. Os métodos de aplicação incluem injeções diretas na área afetada e transplantes. Os resultados esperados incluem a regeneração de tecidos e a recuperação de funções perdidas, especialmente em casos de lesões na medula espinhal e doenças neurodegenerativas.
Células-Tronco do Cordão Umbilical: Utilizadas principalmente em tratamentos de doenças hematológicas, essas células são aplicadas em transplantes. Os resultados esperados incluem a regeneração de tecidos e a melhora em condições como leucemia. Os riscos incluem complicações relacionadas ao transplante e a possibilidade de rejeição.
Terapias em Ortopedia: As células-tronco são injetadas diretamente em áreas lesionadas, como cartilagens e tendões. Os resultados esperados incluem alívio da dor e regeneração dos tecidos. Os riscos envolvem a possibilidade de infecções e reações adversas.
Nervos Ópticos e Globos Oculares: Pesquisas estão em andamento para entender como as células-tronco podem ajudar na regeneração dos nervos ópticos e na recuperação da função visual. Os métodos de aplicação ainda estão sendo desenvolvidos, e os resultados esperados são promissores.
É importante lembrar que a única terapia celular amplamente regulamentada até o momento é o transplante de medula óssea, enquanto outros usos ainda são considerados experimentais e devem ser realizados em ambientes controlados e aprovados por comitês de ética.
Fonte: Site Brasil Escola, Cartilha da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), National Institutes of Health (NIH), Organização Mundial da Saúde (OMS), Centers for Disease Control and Prevention (CDC), Mayo Clinic, Brasil Escola.