Alergia alimentar: tratamento com dessensibilização amplia possibilidades e melhora a qualidade de vida

Na Semana de Conscientização da Alergia Alimentar, especialistas do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP), reforçam a importância do diagnóstico e da prevenção
Maio, 2025 – Urticária e dor abdominal em casos leves; anafilaxia, com risco de parada respiratória e até óbito em casos graves: essas são algumas possíveis reações de quem possui alergia alimentar, resposta do sistema imunológico a proteínas específicas. A condição, que afeta cerca de 8% das crianças até dois anos e 2% dos adultos, ganha destaque entre os dias 13 e 19 de maio, a Semana de Conscientização da Alergia Alimentar. Um reforço sobre a importância do diagnóstico precoce e correto, do acompanhamento profissional e das medidas de prevenção.
Os alimentos mais comuns incluem leite e ovo (especialmente entre crianças), além de trigo, amendoim, castanhas, nozes, camarão, mariscos e peixes. “É uma reação muito rápida, e o principal perigo está em subestimar os sintomas. A pessoa pode parecer bem e, em poucos minutos, desmaiar ou ter uma crise grave de asma”, alerta o alergologista Celso Henrique de Oliveira, do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP).
Segundo o especialista, mesmo traços mínimos desses ingredientes — presentes em receitas ou em utensílios contaminados — podem desencadear reações severas. “O contato mínimo com o alérgeno pode provocar uma resposta intensa. Por isso, é essencial evitar a contaminação cruzada, tanto em casa quanto em locais como restaurantes e escolas”, explica.
A boa notícia, de acordo com o médico, é que em alguns casos é possível recorrer à dessensibilização oral — um tratamento realizado sob supervisão médica, com a introdução gradual e controlada do alimento causador da alergia, a fim de reeducar o organismo. “Embora eficaz para alergias como as de leite e ovo, o método ainda não é indicado para todos os casos, como os de alergia a amendoim e frutos do mar”, pondera.
A nutricionista Lígia Vieira Carlos, também do Vera Cruz, reforça a importância de diferenciar alergia de intolerância alimentar. “A intolerância é causada por uma deficiência enzimática, como no caso da lactose, e não envolve o sistema imunológico. Já a alergia provoca uma reação imunológica, que pode ser confirmada por exames específicos”, explica.
Segundo a nutricionista, a conscientização da família e o planejamento alimentar são essenciais para garantir a segurança e o bem-estar dos pacientes. O tratamento mais eficaz continua sendo a exclusão total do alimento alergênico, e medidas como ler rótulos com atenção, higienizar utensílios e separar os alimentos são fundamentais para prevenir acidentes.
A legislação brasileira também é uma aliada: ela exige a rotulagem clara de alérgenos em alimentos industrializados, o que contribui para a segurança dos consumidores. “Conviver com alergia alimentar exige uma mudança de mentalidade e de hábitos. Mas, com informação, apoio da equipe de saúde e conscientização das famílias, é possível levar uma vida saudável e segura”, conclui o alergologista.
Sobre o Vera Cruz Hospital
Há 81 anos, o Vera Cruz Hospital é reconhecido pela qualidade de seus serviços, capacidade tecnológica, equipe de médicos renomados e por oferecer um atendimento humano que valoriza a vida em primeiro lugar. A unidade dispõe de 166 leitos distribuídos em diferentes unidades de internação, em acomodação individual (apartamento) ou coletiva (dois leitos), UTIs e maternidade, e ainda conta com setores de Quimioterapia, Hemodinâmica, Radiologia (incluindo tomografia, ressonância magnética, densitometria óssea, ultrassonografia e raio x), e laboratório com o selo de qualidade Fleury Medicina e Saúde. Em outubro de 2017, a Hospital Care tornou-se parceira do Vera Cruz. Em quase oito anos, a aliança registra importantes avanços na prestação de serviços gerados por investimentos em inovação e tecnologia, tendo, inclusive, ultrapassado a marca de 2,5 mil cirurgias robóticas, grande diferencial na região e no interior do Brasil. Em médio prazo, o grupo prevê expansão no atendimento com a criação de dois novos prédios erguidos na frente e ao lado do hospital principal, totalizando 17 mil m² de áreas construídas a mais. Há 35 anos, o Vera Cruz criou e mantém a Fundação Roberto Rocha Brito, referência em treinamentos e cursos de saúde na Região Metropolitana de Campinas, tanto para profissionais do setor quanto para leigos, e é uma unidade credenciada da American Heart Association. Em abril de 2021, o Hospital conquistou o Selo de Excelência em Boas Práticas de Segurança para o enfrentamento da Covid-19 pelo Instituto Brasileiro de Excelência em Saúde (IBES) e, em dezembro, foi reacreditado em nível máximo de Excelência em atendimento geral pela Organização Nacional de Acreditação.