Defesa Civil diz que Porto Feliz foi atingida por microexplosão; entenda o fenômeno – Comando Notícia
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Defesa Civil diz que Porto Feliz foi atingida por microexplosão; entenda o fenômeno

Toyota porto feliz temporal

Após análises de diversos elementos meteorológicos, a Defesa Civil do estado concluiu que Porto Feliz (SP) foi atingida por uma microexplosão e não por um tornado na segunda-feira (22). A tempestade e o vendaval causaram estragos pela cidade.

Segundo a Defesa Civil, a cidade registrou rajadas de vento de até 90 km/h. A força do vento arrancou o telhado da fábrica da Toyota, que fica às margens da Rodovia Marechal Rondon, e pedaços da estrutura voaram a mais de 6 km de distância. Por causa dos danos, a montadora suspendeu, por tempo indeterminado, a produção de veículos.

Uma análise preliminar, feita por meteorologistas de uma empresa especializada em clima severo, apontou que os estragos poderiam ter sido causados por um tornado, mas essa possibilidade foi descartada pela Defesa Civil.

Ainda segundo o órgão, a gravidade do ocorrido exigiu uma nova análise meteorológica, com imagens específicas das áreas de chuva detectadas por radares. A partir disso, foi possível identificar que uma microexplosão atmosférica causou os estragos na fábrica.

 

A Defesa Civil explica que as imagens produzidas pelos radares e satélites não mostraram o padrão específico de ocorrência de tornado, conhecido como eco de gancho ou hook echo, em inglês.

O que é a microexplosão

 

A microexplosão é quando o vento sai da nuvem de chuva, a cumulonimbus, em alta velocidade, em direção ao solo. Entenda o fenômeno no vídeo acima.

Esses ventos chegam atingir velocidade de 80 km/h a 100 km/h. Ao atingir o solo, o vento se espalha pelos lados, resultando em efeito de uma bomba, por isso o nome microexplosão.

O fenômeno é diferente do tornado, quando o vento é ascendente, se movimentando de baixo para cima em espiral.

Previsão para a região

 

Ainda conforme o órgão, a primavera trará elevação das temperaturas e o aumento da frequência de chuvas no estado, que devem se intensificar nos últimos três meses do ano.

 

A umidade do solo será restaurada, mas também haverá o aumento dos riscos de deslizamentos, alagamentos e enxurradas em áreas vulneráveis.

Na região de Sorocaba e Campinas (SP), as mínimas sobem de 12°C em setembro, para 20°C em dezembro, enquanto as máximas ultrapassam os 30°C. As chuvas se intensificam a partir de novembro, com risco de alagamentos urbanos e impactos na área rural.

Com informações: g1 Sorocaba e Jundiaí

Foto: Redes Sociais