Devoto da Padroeira, PM morto em assalto fazia romaria até Aparecida com parentes – Comando Notícia
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Devoto da Padroeira, PM morto em assalto fazia romaria até Aparecida com parentes

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O policial militar que foi assassinato em uma romaria para o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida era devoto da Padroeira do Brasil e caminhava ao templo católico acompanhado de dois primos da esposa. Eles haviam combinado a romaria na semana passada.

“A gente achou que eles iam desistir, mas foram. Infelizmente aconteceu essa fatalidade”, afirma a esposa do PM – a farmacêutica Aline da Silva Costa.

O soldado Luiz Guilherme Crispim de Oliveira, de 30 anos, foi morto a tiros em um assalto na rodovia Presidente Dutra, no trecho de Lorena, na madrugada deste sábado (11). O criminoso que baleou e matou o PM não foi preso.

 

A esposa afirmou que o soldado fazia romaria para Aparecida pela segunda vez. Ela suspeita que o marido tenha sido baleado após o assaltante perceber que ele caminhava com um colete da PM.

“Eles saíram por volta das 18h (de sexta-feira) e foram caminhando. Relataram que pararam em um canteiro para comer alguma coisa e colocar capa de chuva. Aí saíram de novo, quando meu primo sentiu um toque nas costas e falaram que era assalto. Nisso ele correu assustado e foi atrás do Crispim.”

“O assaltante anunciou o assalto também ao Crispim, que não reagiu, levantou a mão e foi tirar a mochila. Mas ele estava com o colete florescente da polícia. A gente estava com medo de atropelamento, então ele foi com esse colete. A gente não imaginava isso. Aí acho que, quando ele foi tirar a mochila, o assaltante viu o símbolo da polícia e atirou”, completa.

De acordo com a esposa do soldado, o assaltante disparou três tiros, que ainda atingiram de raspão os primos dela. Eles estão bem.

g1 acionou a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), que confirmou o caso, que foi registrado como latrocínio, e lamentou a morte do policial.

 

 

Quem era o policial

 

Luiz Guilherme Crispim de Oliveira era mineiro, mas se mudou para São Paulo há cerca de 10 anos, quando se tornou policial militar do estado. Ele morava em Cruzeiro, cidade vizinha de Lorena, onde o crime aconteceu.

Além da esposa, o soldado deixa dois filhos pequenos – um menino de 4 anos e uma menina de 1 ano e 4 meses.

“A gente tinha muitos planos, muitos sonhos. Ela está com um ano. Teve a primeira festinha de aniversário, tínhamos planos da escolinha. Agora eu fico pensando como vai ser”, diz Aline, esposa de Crispim.

Ela relatou ainda que o sentimento de impunidade.

 

“Tenho aquele sentimento de impunidade, porque o que a polícia relatou é que já tinha tido um assalto no mesmo lugar 10 minutos antes. A gente vê que tem muita gente para a estrada. Foi ele, mas pode ser com outras pessoas. Então é a impunidade que deixa a gente se sentindo injustiçado.”

 

O soldado Crispim será velado a partir das 15h deste sábado, em Cruzeiro, O enterro está previsto para as 10h deste domingo (12).

Com informações: g1 Vale do Paraíba e Região 

Foto: Cedidas pela Família