Combate à poliomielite: vacinação infantil é fundamental para a saúde das crianças – Comando Notícia
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Combate à poliomielite: vacinação infantil é fundamental para a saúde das crianças

Poliomielite pendeo al gov br

O próximo 24 de outubro marca o Dia Mundial de Combate à Poliomielite, data criada pelo Rotary Internacional para reforçar a conscientização sobre a vacinação infantil contra a doença. A poliomielite é uma doença contagiosa causada pelo poliovírus, vírus intestinal que pode infectar por meio de secreções e que pode provocar paralisia muscular.

A vacinação é o meio mais eficaz para manter a poliomielite erradicada no país. Desde 1994, o Brasil possui a certificação de área livre da doença e, para este ano, a projeção do Ministério da Saúde é de uma cobertura vacinal de 95% do público-alvo, que são as crianças de até 5 anos.

A cobertura vacinal das crianças brasileiras, especialmente em vacinas contra a poliomielite e a tríplice viral, busca retomar uma crescente, após dados do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontarem uma cobertura de 67% para a primeira e 73% para a segunda, no período entre 2020 e 2021. Mesmo com uma recuperação recente, os dados apontam que ambas as vacinas ainda não chegaram à faixa segura histórica dos 95%.

Luísa da Fonseca, pediatra da Afya Educação Médica Curitiba, explica que o cenário de erradicação da poliomielite no Brasil não é uma condição permanente, ou seja, ela precisa ser mantida por meio de uma cobertura vacinal forte.

“A poliomielite, conhecida também como paralisia infantil, é uma doença grave e potencialmente incapacitante, pois o seu vírus ataca o sistema nervoso. Mesmo que o país não registre casos desde 1989, a erradicação global da doença ainda não foi alcançada: o vírus continua circulando em outros países e, com a redução das coberturas vacinais no Brasil, devemos acender um sinal de alerta”, afirma a pediatra.

A pediatra ainda aponta que a vacinação é fundamental para proteger as crianças. Com a queda na cobertura vacinal, causada por fatores como a desinformação ou a falsa sensação de que a doença não pode mais voltar, é preciso estar alerta.

“O vírus da poliomielite não respeita fronteiras: basta uma queda na imunização para que ele encontre brechas e volte a causar sofrimento. Por isso, vacinar é um ato de cuidado, responsabilidade e solidariedade, pois cada dose aplicada é um passo firme na manutenção da saúde dos nossos pequenos. Precisamos manter o calendário vacinal deles sempre em dia”, reforça a especialista da Afya.

Com informações: Paulo Semicek 

Foto: Divulgação/penedo.al.gov.br.