HUGO ANTONELI JUNIOR
INDAIATUBA – Um dos “estreantes” da Câmara, o vereador Arthur Spíndola (PV) é o entrevistado de hoje com exclusividade pelo Comando Notícia para fazer uma avaliação do primeiro ano de mandato. Já exibimos uma entrevista com o presidente da casa, Hélio Ribeiro (PSB), e com o líder da oposição, Alexandre Peres (SD). Nas próximas semanas, o CN divulga o balanço de nove dos 12 vereadores de Indaiatuba, pois três, Figura (PP), Massao (DEM) e Chiaparine (PMDB) não responderam.
Spíndola, que é presidente do PV em Indaiatuba, considera ser difícil se autoavaliar. “Creio que fiz o meu melhor, no sentido de proposituras, fiscalização e representando os anseios da cidade. Cometi erros, afinal foi meu primeiro ano de vida política também, e aprendi com todos eles, e vou buscar sempre evoluir. Mas os acertos foram maiores e obtivemos conquistas importantes para um primeiro ano de mandato. Sinto-me feliz e preparado para os próximos anos”, diz.
Como erro, ele afirma que cometeu no terceiro mês de mandato, provavelmente na votação de aumento de salários, mas diz que é demagogia falar que faria diferente. “Porque já passou e não tem volta. Portanto, evoluí com os erros que cometi e também aprendi com os acertos. Claro, ninguém está imune a erros, principalmente em um primeiro ano de vida pública. Cheguei a pedir desculpas publicamente por um erro de julgamento que cometi”, afirma.
Melhores projetos e pedidos no gabinete
Arthur lista, à pedido do CN, os melhores textos que apresentou neste ano. O primeiro é um que proíbe queima, soltura e manuseio de fogos de artifício e artefatos pirotécnicos que causem poluição sonora acima de 65 decibéis. “Também teve a lei que criou o Programa Infância para Todos, uma sobre a divulgação dos animais para doação no Centro de Controle de Zoonoses no site da Prefeitura e sobre a divulgação de direitos do consumidor em cinemas, teatros e outros locais parecidos”, diz.
Sobre os pedidos vindos no gabinete, Spíndola defende a população que não conhece as funções de um vereador. “A principal delas não está escrita na Constituição, que é representar a população. Então, se a Constituição fala em descrever isso, não podemos condenar as pessoas que confundem. Tem coisas que não dá para interferirmos, como pedágio, INSS ou escolas estaduais, que são mais para deputados. Mas mesmo não sendo nossa função podemos orientar os munícipes”, afirma.
“Sou um vereador que vou muito para a rua, para conversar cara a cara com os indaiatubanos e entender o que realmente está deficiente. Em bairros, as solicitações comuns eram relativas a podas de árvore, serviço que era bem mal feito até a mudança de secretário no final do ano. Segundo a constituição, o vereador tem por função fiscalizar a prefeitura, autarquias e departamentos, as contas públicas, e legislar colocando leis de interesse da cidade.”
Atuação, mais vereadores e 2018
Arthur não pretende ser candidato nas eleições do ano que vem. “O foco é realizar um bom trabalho durante os quatro anos”, avalia. Sobre a Câmara ter mais vereadores, diz que constitucionalmente poderia haver, mas que a decisão tem que vir da população. “Estamos aqui para representá-los independentemente do número que tiver.”
Sobre a composição anterior da Câmara, diz que não pode avaliar, mas que os “novos” querem “mostrar serviço”. A Câmara obteve 60% de renovação, ou seja, 60% dos vereadores estão em seu primeiro ano como vereador. Todos estão em busca de mostrar trabalho e resultado, o que torna o legislativo mais movimentado do que os anos anteriores”, analisa.
Para o ano que vem fala das prioridades. “Em uma cidade com 250 mil habitantes fica difícil não se envolver e lutar por melhorias em todas as áreas. Mas claro, por essência o PV tem um lado voltado ao meio ambiente sustentável, a causa animal e ao trânsito seguro. A área da infra-estrutura tem avançado bastante, junto com as melhorias em segurança pública, apesar de ainda haver pontos muito carentes nesse sentido. O transporte público é o nosso calcanhar de aquiles e é inadmissível uma cidade desse porte com esse problema. Também temos algumas questões na saúde pública que com certeza precisam melhorar.”