HUGO ANTONELI JUNIOR
INDAIATUBA – Desde terça-feira (20) os moradores da Colônia Santa Rita, limite de municípios entre Indaiatuba e Itupeva, estão sofrendo com um mistério da “chuva de pedras”. Por volta das 14 horas todos os dias começam a cair pedras no telhado e até a noite de sexta-feira (23) eles não tinham visto ninguém. O Comando Notícia foi até o local na manhã deste sábado (24) e realizou uma transmissão ao vivo com depoimentos e imagens das pedras e entorno.
A Polícia Militar faz os atendimentos da ocorrência desde terça, mas não encontraram ninguém até o momento. Segundo o que contaram os agentes de segurança com exclusividade ao Comando Notícia, eles chegaram a ficar de tocaia e pediram para uma viatura ir embora enquanto queriam pegar de surpresa quem estava jogando as pedras nas casas, carros e pessoas, mas depois que a viatura foi embora, não ouviram passos na mata, nem no entorno.
As pedras atingiram telhados de residências. Em uma delas, há três buracos entre as telhas. As pedras estão espalhadas pela colônia e quebraram até o vidro de um ônibus no local na noite de sexta. Alguns moradores foram atingidos. “Tem carro que passa aí na rodovia e que vem aqui reclamar das pedras, falam que as crianças estão jogando, mas não são elas”, disse uma moradora.
Sobrenatural?
Nas redes sociais, durante a transmissão do Comando Notícia, e entre os próprios moradores do local e policiais, inicialmente houve a suspeita de que o caso tinha, digamos, motivações “espirituais”. “Aqui por perto tem um quilombo e dizem que tem uma história de um rapaz que morreu aqui e cobriram ele de pedras. Não sabemos até que ponto é verdade”, disse um morador.
Foi só na noite de sexta que um alvo se “materializou”. “Eu vi ele e corri atrás, mas foi muito rápido. Correu rente à uma mula que a gente tem aqui. Ninguém consegue isso”, afirma. “Quando chegou na cerca, pulou sem pôr a mão nela, vindo do chão correndo. Nunca vi isso na minha vida”, conta. O rapaz magro, com camiseta clara e boné fugiu no meio da mata.
“Depois tentei iluminar lá no meio, as pedras continuaram vindo, mas não tinha mais ninguém”, prossegue. Enquanto não se resolve o mistério, a Polícia Militar fez novas varreduras no local, mas não encontrou nada até o momento. Mulheres e crianças, maioria no local, estão com medo da situação inusitada e torcem para que cessem os ataques.
fotos: Comando Uno/ Sueli Teixeira / Comando Notícia