A Secretaria de Urbanismo e do Meio Ambiente iniciou a instalação de um novo modelo de Papa-Pilhas em alguns pontos da cidade. Já receberam os coletores o Terminal Rodoviário “Vereador Maurílio Gonçalves Pinto”, o Terminal Central (antiga Rodoviária), Parque da Criança e o Ponto Azul. A população pode depositar pilhas e também baterias de aparelhos eletrônicos nos coletores para que a Prefeitura possa dar a destinação correta aos materiais, que são tóxicos.
Na próxima semana, a Secretaria programou a instalação dos coletores no Mercado Miranda, localizado na Vila Georgina, e na Supermercearia Lopes, localizada na Vila Brizola. Outros quatro pontos devem ser atendidos nos próximos dias. Os novos coletores foram projetados e produzidos na oficina da Secretaria de Urbanismo com a reutilização de tubos de polietileno (PEAD) de alta densidade, que são retirados pelo Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgotos) das redes de distribuição de água danificadas.
Conforme informou o secretário da pasta, Leandro Dias de Souza, cada Papa-Pilhas tem 40 litros de capacidade. “As pilhas e baterias coletadas pelo município são encaminhadas para uma empresa especializada que faz a destinação dos materiais, seguindo as legislações ambientais vigentes”, explicou. As pilhas e baterias não podem ser descartadas no lixo comum porque apresentam em sua composição metais considerados perigosos à saúde humana e ao meio ambiente.
De acordo com dados da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), no país são produzidas a cada ano cerca de 800 milhões de pilhas. Uma pilha comum contém zinco, chumbo e manganês, que são metais pesados, além de substâncias perigosas como o cádmio, o cloreto de amônia e o negro de acetileno. A pilha alcalina contém também o mercúrio, que é uma das substâncias mais tóxicas conhecidas.
O descarte incorreto desses materiais apresenta um grave problema ambiental. Esses elementos químicos são bioacumulativos, o que significa que podem ficar retidos no ambiente durante milhares de anos.
Quando pilhas e baterias são descartados em locais impróprios, há contaminação do solo, lençóis freáticos e cursos d’água e, consequentemente, a contaminação passa para a fauna e a flora das regiões próximas. Através da cadeia alimentar esses metais chegam aos seres humanos, e o pior, de uma forma acumulada.
Fotos: Giuliano Miranda RIC/PMI