Prefeitura alerta para limpeza de terrenos no verão; no ano foram 8,3 mil notificações
A Prefeitura de Indaiatuba alerta a população sobre os cuidados que são necessários com os terrenos vazios no período mais quente e úmido do ano. Com essas características climáticas o mato cresce mais rápido e em lotes com entulho e lixo ficam propícios para o aparecimento de animais peçonhentos, assim como a proliferação do mosquito Aedes Aegypti em recipientes com água parada. Por meio do Departamento de Fiscalização de Taxas e Posturas junto com o Departamento de Vigilância em Saúde há fiscalização os terrenos vazios munidos de leis municipais, que dispõem sobre as normas para limpeza de terrenos localizados na zona urbana.
Até outubro desde ano foram realizadas 18.415 vistorias e aplicadas mais de 8.312 notificações para proprietários, cuja propriedade ou terreno, não estavam de acordo com a legislação. Em relação as vistorias do Departamento de Vigilância em Saúde foram mais de 6.200 lotes vistoriados por conta de possíveis criadouros do mosquito Aedes Aegypti, desses, 85 foram notificados, sendo os locais que os agentes de saúde não conseguiram acesso.
Embora a Prefeitura disponibilize serviços como coleta de lixo, 30 pontos de coleta seletiva por meio dos Ecopontos, e Operações Cata Bagulho, ainda são registrados muitos casos de lixo e entulho depositados irregularmente em áreas públicas ou privadas. Para combater esta situação o Departamento de Fiscalização de Taxas e Posturas, realiza constantemente o trabalho de vistoria dos imóveis por toda a cidade para verificar se estão em ordem e em condições de higiene.
Segundo diretor do departamento, José Carlos de Melo, a situação vai muito além da questão estética. “Restos de materiais de construção, entulhos, móveis velhos depositados irregularmente e mato alto colaboram muito para o aparecimento de animais peçonhentos, como escorpiões, aranhar e cobras que se abrigam sob estes materiais. Estes objetos também acabam acumulando água parada, o que contribui para a infestação do Aedes Aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika, especialmente nesse período mais chuvoso”, argumenta.
De acordo com o coordenador do Departamento de Vigilância em Saúde, Ulisses Bernardinetti, há um cuidado especial em relação a água parada. “Quando vemos o criadouro nós entramos e retiramos os criadouros e até tratamos com larvicidas para que o mosquito não se desenvolva. É importante ressaltar que no período chuvoso e quente, o ciclo biológico do mosquito acelera, o que no período de inverno é de 15 a 20 dias, no verão é de 5 a 7 dias para a larva se transformar em mosquito. Por isso nesse período o cuidado deve ser em dobro”, explica Bernardinetti.
Ao detectar uma irregularidade em terrenos os fiscais aplicam uma notificação, cujo proprietário tem 15 dias, após o recebimento da mesma, para providenciar a limpeza. Após este prazo os profissionais fazem uma nova vistoria e, caso não seja cumprida a determinação, é aplicada a autuação no valor de 0.075 Ufesp (Unidade Fiscal do Estado de São Paulo), equivalente a aproximadamente R$1,92 por metro quadrado, com prazo de 30 dias para pagamento e cumprimento. Se as regras não forem cumpridas a autuação é aplicada em dobro.
“Muitas vezes a ação pode ser classificada como crime ambiental, dependendo da localização e tipo de produto que é despejado inadequadamente. Neste caso, encaminhamos para a Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente, que aplicará as sanções de acordo com legislações Estaduais e Federais”, explica o diretor do departamento. Quando há o flagrante de pessoas depositando materiais irregularmente em áreas públicas ou privadas a população pode denunciar no Departamento de Fiscalização, Taxas e Posturas pelo telefone 3834-9103 ou para a Guarda Civil no 153.
Cuidado Especial
Em relação aos escorpiões, que é uma das preocupações dos munícipes, o Centro de Controle de Zoonoses alerta sobre os lugares mais propícios de surgimento desse aracnídeo e enfatiza os cuidados especiais. Os escorpiões costumam aparecer perto das casas, em terrenos baldios, velhas construções, entulhos, pilhas de madeira e lenha, tijolos, mato e lixo, além de saídas de esgoto e ralos.
Dentro das casas, são frequentemente encontrados nos sapatos e pilhas de roupa. Para prevenir o aparecimento do escorpião se possível crie galinhas, patos e gansos. Não mate as lagartixas, sapos, corujas. Esses animais comem escorpiões. Elimine baratas e grilos. Esses animais, assim como outros insetos, servem como alimentos para os escorpiões.
Não acumule lixo e entulho, eles atraem baratas e outros insetos. Coloque o lixo em sacos plásticos. Agite roupas, sapatos e toalhas antes de usá-los. Não pendure roupas em paredes. Elimine as frestas nas paredes, muros, pisos, tetos, janelas e portas. Proteja as soleiras das portas com borrachas ou sacos de areia. Vistoriar materiais de construção armazenados, guarda-roupas e armários.
Use telas ou mantenha fechados os ralos de pias e banheiros. Mantenha limpas e vedadas as caixas de gordura e esgoto. Em caso de picada compareça imediatamente a uma unidade de saúde para tratamento.
Foto: Eliandro Figueira RIC/PMI