Uma fêmea de gato-do-mato-pequeno atropelada durante o réveillon no Jardim dos Sabiás, em Indaiatuba, está em tratamento na Associação Mata Ciliar, em Jundiaí. O motorista que atropelou o animal chamou a Guarda Civil, que foi até o local e conseguiu levá-la, com apoio do GAM, à instituição que presta assistência aos animais silvestres conveniada com a cidade. Tudo aconteceu na noite da virada e a gata foi a primeira a ser atendida no ano de 2019 na associação.
De acordo com a veterinária que atendeu o animal, Jéssica Carvalho Kitigava, o primeiro atendimento revelou sequelas neurológicas e fratura na bacia devido ao impacto do acidente. “O felino vai ficar em observação e tratamento nos próximos dias. Vamos avaliar se será necessário algum procedimento cirúrgico”, disse ao Comando Notícia por telefone.
O caso é grave, mas a rapidez no atendimento fez toda a diferença. “Se ela ficasse lá durante horas, sem poder se movimentar por causa dos ferimentos, seria pior. Fomos informados que a própria pessoa que atropelou chamou socorro. Isso é o ideal em casos como este. Porque a rapidez em trazê-la para cá foi essencial para conseguirmos cuidar dela”, afirma.
O felino é adulto e tem cerca de dois anos, segundo a especialista. Depois do tratamento, que pode durar cerca de dois meses, o animal deve ser reconduzido à natureza e provavelmente nas proximidades de onde foi encontrado.
O caso ganhou repercussão nas redes sociais e mobilizou diversos moradores no local, de acordo com os guardas que atenderam a ocorrência. Recentemente um outro animal foi vítima de atropelamento e, infelizmente, não teve a mesma sorte.
Mata Ciliar
A Associação Mata Ciliar (AMC) nasceu em 1987 com a preocupação pela conservação dos cursos de água no interior do estado de São Paulo, um recurso natural que, naquela época, já sofria com a falta de planejamento do poder público e conscientização da sociedade. Para recuperação das áreas degradas e das matas ciliares, desenvolvemos um programa de produção e plantio de mudas nativas. Essas ações sempre foram realizadas com as comunidades rurais, que consideramos os verdadeiros “produtores de água”.
Em 1997, iniciamos os trabalhos com a fauna através do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) e com o Centro para Conservação dos Felinos Neotropicais (Centro de Felinos). Em todos esses programas, sempre incorporamos a Educação Ambiental como a principal ferramenta de mudança para um futuro socioambiental sustentável.
foto: divulgação