HUGO ANTONELI JUNIOR
Na segunda crônica sobre o transporte público, seguimos viagem na linha que leva os passageiros para o Jardim Brasil, passando pelo Carlos Aldrovandi. Se você perdeu a primeira parte, pode ler clicando aqui. Desta vez a linha vai ao Jardim Brasil – um dos bairros mais afastados da cidade vazio, levando cerca de 38 minutos, mas volta cheio, principalmente por causa do Aldrovandi, levando praticamente o mesmo tempo. O Jardim Brasil fica, segundo estimativa do Google, a 17 minutos do Centro de Indaiatuba, mas a 10 minutos de Viracopos. Ou seja, está mais perto de Campinas do que do Centro de Indaiatuba.
Seu Jerônimo conta que ainda não é aposentado. “Tenho o tempo já e os advogados estão cuidando”, diz. “O salário que é bom subir, nem em mil reais chega”, reclama. Na plantação, que deve ter colheita no mês que vem, ele afirma que ganha cerca de R$ 1,2 mil, mas isso se tiver trabalho todos os dias. O público deste ônibus é diferente do primeiro, Campo Bonito-Centro. A maioria das pessoas é mais idosa e há mais homens na comparação, apesar das mulheres ainda serem maioria.
O ônibus deixa boa parte dos passageiros na avenida Ângelo Bertelli Netto, no Aldrovandi. Quando chega na esquina com a creche municipal Vera Tosca, o coletivo dá meia volta pela rua Jorge da Cruz Pereira e retorna pela mesma avenida, saindo do bairro sentido Estrada do Sapezal. É lá que tem o maior trecho de estrada de terra batida. O trajeto passa pela Alameda Antônio Ambiel, se encontra com Helvetia e é onde seu Jerônimo desembarca.
O último ponto dentro do Jardim Brasil é na rua Ivonette Delboni. Antes, o ônibus passa pelas duas catracas de pedágio, uma na saída do desvio e outra na entrada do bairro. Na volta pela mesma rua, após o ponto final, já começam a subir os primeiros passageiros. Quando o ônibus chega no Aldrovandi novamente e faz o retorno na rua da creche a lotação de pessoas sentadas chega próxima ao máximo. Como está perto da hora do almoço, o público é diverso. Há estudantes da Fiec e de outras escolas, jovens indo trabalhar, donas de casa e homens indo até o Centro.
O trajeto total leva 38 minutos de ônibus. Se fosse feito de carro levaria 15 minutos, de acordo com a estimativa do Google. São 11 quilômetros. Em um veículo à gasolina, com o litro custando R$ 4 (média ANP), fazendo 10 km/litro, o preço da viagem fica em R$ 4,41, por pessoa, R$ 0,88. No caso do etanol, preço médio de R$ 2,73, também rendendo dez quilômetros para um litro, R$ 3,01, média de R$ 0,60/pessoa. Por Uber, a viagem fica a partir de R$ 15, mas dividindo com mais três, fica R$ 3,75. É bom lembrar que no pedágio, os carros com placas de Indaiatuba não pagam.
veículo | combustível | preço total | preço/pessoa | duração |
ônibus | diesel | R$ 3,50 | R$ 3,50 | 38 minutos |
carro | gasolina | R$ 4,41 | R$ 0,88 | 15 minutos |
carro | etanol | R$ 3,01 | R$ 0,60 | 15 minutos |
carro (Uber) | indiferente | R$ 15 | R$ 3,75 | 15 minutos |
A viagem termina 12h21 na rodoviária antiga, na avenida Presidente Vargas. No local há diversos ônibus estacionados prontos para iniciar a linha, um deles é a próxima parada, a linha Colibris/Expresso Hubert. Mas isso é conversa para amanhã.
fotos: Hugo Antoneli Junior/Comando Notícia