com informações do G1 Campinas
O piloto de aeronaves de Indaiatuba (SP), que é um dos alvos de mandados de prisão na Operação Flak da Polícia Federal contra o tráfico internacional de drogas, não foi encontrado pelos policiais na manhã desta quinta-feira (21) na residência onde mora. Os policiais cumpriram apenas o mandado de busca e apreensão na casa dele, segundo a assessoria de imprensa da PF em São Paulo.
A Justiça do Tocantins, que expediu o mandado de prisão, informou, por meio de assessoria de imprensa, que ele é considerado foragido. De acordo com as investigações, ele faz parte de uma quadrilha especializada em transportar drogas da Colômbia e da Venezuela para o Brasil, Estados Unidos e Europa. O grupo teria transportado ao menos nove toneladas de cocaína entre os anos de 2017 e 2018, em 23 voos que carregavam 400 quilos do entorpecente, em média, cada um.
Segundo a PF, a rota de transporte de drogas por aeronaves passava por países produtores (Colômbia e Bolívia), além de intermediários como Venezuela, Honduras, Suriname e Guatemala. O investigado, segundo a PF, era contratado pelos líderes da organização criminosa para pilotar os aviões modificados para levar mais entorpecentes e ter mais autonomia de voo.
Em 2017, uma aeronave foi apreendida na Guiana e dentro dela estavam os documentos deste piloto de Indaiatuba, e de outras pessoas, incluindo colombianos que estariam também envolvidos no tráfico. O piloto de Indaiatuba chegou a dizer à Polícia do Tocantins que o avião havia sido furtado, e que ele estava pescando na hora, mas sem os documentos dele.
Para a PF, o piloto simulou o furto com objetivo de encobrir seu envolvimento com a quadrilha de tráfico internacional de drogas. Os investigados devem responder por tráfico de drogas, organização criminosa, lavagem de dinheiro e atentado contra a segurança do transporte aéreo.
foto: arquivo/Comando Notícia