Indaiatubana precisa de ajuda para pagar tratamento contra esclerose múltipla
JOSEANE MIRANDA
A indaiatubana Andréia Dalcorso, 39 anos, usou seu Facebook Stories para divulgar um vídeo de desabafo e pedido de ajuda. Lutando há cinco anos contra esclerose múltipla e tendo ainda que enfrentar um novo tratamento contra câncer de pele descoberto em janeiro, ela pede desculpas aos amigos e relata que “está precisando de apoio” para prosseguir. No vídeo postado no dia 7 de março Andréia relata parte da luta diária e agradece quem já está ajudando.
“Oi amigos, eu estou fazendo este vídeo hoje para falar um pouco do que estou passando no momento. Fiz um vídeo para o youtube toda sorridente, maquiada. Mas hoje eu ‘tô’ num dia muito ruim. Eu ‘tô’ cansada, sabe; de ter força, garra e as pessoas me verem na rua com roupinha bonita, maquiadinha porque eu tento ser assim. A Andrea é assim!”
O vídeo foi postado depois que uma amiga de Andreia criou uma vaquinha virtual onde as pessoas podem contribuir com qualquer quantia para custear um novo tratamento contra a esclerose que ela deseja submeter-se. O tratamento custa inicialmente R$ 15 mil e é totalmente particular. A comerciante Maristela explica porque decidiu ajudar à amiga. “Sou amiga da Andréia há alguns anos e acompanho o seu estado desde o diagnóstico de Esclerose Múltipla. Percebi que ela não se adaptou aos remédios convencionais, devido aos efeitos colaterais terríveis. Sua situação tem piorado”, fala.
O dinheiro arrecadado na vaquinha virtual será usado para custear o novo tratamento que consistirá em aplicação de altas doses de vitamina D entre outros procedimentos. Além da vaquinha virtual, as pessoas que puderem ajudar podem realizar depósito na conta bancária: Caixa Econômica Federal Ag. 0897 – Código 013 – Conta Poupança 102819-7 – Andréia Dalcorso de Melo. Andréia tem vendido rifas com produtos e serviços que recebe de amigos para juntar o dinheiro necessário. Tudo é divulgado em suas redes sociais. Mais informações: (19) 98234 1714.
Andréia explicou ao Comando Notícia o motivo de querer mudar de tratamento. “Nenhum tratamento me deixou bem, muitos sintomas ruins, até que a imunidade baixou muito e, em janeiro o oportunista câncer de pele apareceu. O pior é que eu tenho histórico familiar. Meu pai mesmo faleceu com isso“, relata. Entre os sintomas da esclerose múltipla ela relata dormência e formigamento nos pés, tontura, dor de cabeça, endurecimento da perna esquerda, pressão alterada, falta de memória, depressão e uma séria alergia.
Os remédios de alto custo ela consegue pelo governo ao custo de muita burocracia e paciência. “Acreditamos que este tratamento restaurará a saúde da Andréia, que apesar de todas essas dificuldades sempre está sorrindo e cheia de vontade de viver”, diz a amiga Maristela. “Além disso, pode ser a inspiração para outras pessoas que passam por problemas semelhantes, para lutarem pela vida e amenizar o sofrimento”, pontua.
Doença
De acordo com Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM), embora a causa da doença ainda seja desconhecida, tem sido foco de muitos estudos no mundo todo, o que têm possibilitado uma constante e significativa evolução na qualidade de vida dos pacientes. Os pacientes são geralmente jovens, em especial mulheres de 20 a 40 anos.
A esclerose múltipla é uma doença autoimune que causa inflamação no cérebro e medula, atinge o sistema nervoso central. “Células ruins combatem as boas”, explica Andreia. A entidade ainda expõe que a doença pode se manifestar por diversos sintomas, como por exemplo: fadiga intensa, depressão, fraqueza muscular, alteração do equilíbrio da coordenação motora, dores articulares e disfunção intestinal e da bexiga.
A ABEM estima que atualmente 35 mil brasileiros tenham Esclerose Múltipla. “Eu não posso ficar parada, pois ela pode acabar com meu organismo”, diz Andreia.
foto: arquivo pessoal
