COMANDO UNO
Um balão de grande porte caiu em uma área de vegetação nas proximidades da Vila Kostka, no bairro Itaici, em Indaiatuba(SP). Tudo aconteceu na manhã de domingo (17), por volta das 7h30. Ninguém se feriu.
Moradores da região observaram a passagem do balão no céu até o momento da queda. Ainda de acordo com eles, haveriam alguns carros com várias pessoas acompanhando o trajeto do balão que caiu em um pasto. As pessoas que estavam tentando resgatar o balão não tiveram sucesso, pois caiu após o rio Jundiaí, impossibilitando o resgate.
Soltar balões é crime
A soltura de balões é ato pernicioso, pois coloca em risco as aeronaves, dificultando ou até inviabilizando a navegação aérea. Por isso, é considerado crime conforme estabelecido no art. 261 do Código Penal. Além disso, a atividade se enquadra como crime ambiental, de acordo com o art. 42 da Lei 9.605/98, porque pode ocasionar incêndios em áreas florestais e urbanas.
Mas a despeito de todos esses problemas, muitas pessoas ainda insistem neste tipo de ação. De acordo com dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), no ano de 2016 foram reportados 510 avistamentos de balões na rota de aeronaves, sendo o estado de São Paulo o campeão com 307, seguido do Rio de janeiro, com 117 casos, e Paraná, com 54 notificações. De acordo com a pesquisa, em 2016 o maior número de ocorrências, no total de 103, se deu no aeródromo de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo.
Apesar de não haver registro de acidentes aeronáuticos relacionados aos balões livres de ar quente não tripulados, um incidente, considerado grave, ocorreu em junho de 2011. Logo após a decolagem do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, a aeronave colidiu com um balão a 12 mil pés (cerca de quatro mil metros de altura) e teve a obstrução dos tubos de pitot (dispositivo que colhe dados de velocidade e pressão atmosférica). Além de desconexão do piloto automático, a colisão afetou o sistema de navegação da aeronave.
As consequências de um impacto entre uma aeronave e um balão, de acordo com o Coronel Heleno, são imprevisíveis, pois aspectos como tamanho e peso do balão, velocidade no momento do impacto, área da aeronave atingida (asa, fuselagem, motor) irão influenciar diretamente no dano provocado.
Fotos: divulgação