Cidades

Perdi a visão. E agora?

CAROL BORSATO

Quando uma pessoa perde a visão, dependendo do seu modo de avaliar a atual e desconhecida situação, ela pode reagir bem ou muito mal. Mas a verdade é que até quem enxerga tem lá que enfrentar o lado ruim de poder ver.

Eu não acreditei naquele dia em que eu tinha os seis anos, que os médicos tiraram o curativo e perguntaram se eu enxergava algo. Eu tendo que ouvir que eu estava cega não consegui acreditar, não foi nem pela minha idade, mas pelo fato de que eu continuava com todos movimentos, falando e tudo.

Essa é uma das reações melhores que a pessoa pode ter nesse momento. O problema é que as pessoas ficam sonhando com a vida fácil. Mas ninguém disse que seria fácil, mas sim que vale a pena lutar. A independência não é sinônimo de uma vida na moleza, mas sim do sabor de poder fazer o que gosta e do jeito que deseja.

Dificuldades sempre existirão, mas só quem não desiste descobre o tesouro que está no fim do arco-íris. Por isso, nunca desista de seus sonhos, nem se deixe vencer pelo medo, medo da vida, medo dos obstáculos, seja lá qual for o seu medo e a sua dificuldade, não desista. Um dia você pensará que valeu a pena enfrentar.

foto: divulgação