CAROL BORSATO*
O sorobã é um instrumento utilizado para efetuar as quatro operações matemáticas e contas mais complexas. Nasceu do ábaco japonês e já era usado antes da era Cristã. Kambei Moori autor do livro Embrião do sorobã levou-o da China para o Japão no ano de 1662.
Os japoneses trouxeram o sorobã para o Brasil em 1908, pois o consideravam indispensável para fazer cálculos mas a divulgação só começou a partir do ano de 1956, com a chegada do professor Fukutar Kato.
O sorobã é um instrumento vantajoso para o ensino da matemática, por ser um recurso perceptível, de fácil manejo, portátil e de baixo custo.
O sorobã sofreu adaptações para ser acessível para o uso de pessoas com deficiência visual. A diferença é que ele tem uma borracha embaixo das hastes onde ficam as contas; essa borracha serve para caso o aluno cego esbarre numa conta, ela não saia com facilidade do lugar, e quando a borracha fica furada, deve-se trocá-la por outra.
O sorobã tem várias hastes, cada haste tem 5 contas redondas e uma régua no meio, que separa a conta de valor 5 das demais contas.. As contas de valor 5 ficam acima da régua, sozinhas, cada uma em uma haste e na parte de baixo ficam 4 contas cada uma valendo um.
Então para fazer o 6 você desce a conta 5 da casa da unidade e sobe uma conta da mesma casa que vale 1. É assim que os cegos fazem contas. Espero que tenham gostado.
Quem quiser saber mais sobre esse instrumento de fazer contas simples, que não precisa de pilhas nem bateria, pesquise, vocês vão adorar!
*Carol Borsato é a primeira repórter deficiente visual da história de Indaiatuba (SP).
foto: divulgação