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Mãe reclama de atendimento e desinformação no Haoc: “absurdo”

HUGO ANTONELI JUNIOR

Uma mulher procurou o Comando Notícia para reclamar do Hospital Augusto de Oliveira Camargo (Haoc) em Indaiatuba (SP). De acordo com ela, a filha de seis anos passou por exames na unidade e apresentou um traumatismo craniano e um coágulo no cérebro, mas os médicos que fizeram o atendimento não informaram a real situação da paciente, relatando que “não era relevante.”

A menina foi atropelada na avenida Ário Barnabé, no Jardim Morada do Sol, na sexta (14) e foi socorrida por um carro particular para a Unidade de Pronto Atendimento (Upa).  “Foi feito tudo certinho até ir para a UTI, onde foi feita uma tomografia. O médico que estava de plantão disse que não tinha nada na tomografia. Depois, no sábado, outro médico disse que não tinha nada e que ela teria alta assim que o sangramento parasse sendo que o médico disse que o sangramento seria normal por alguns dias. Aí pedi o neuro. Se eu não pedisse não iria ter o atendimento do neurologista.”

O médico chamado constatou, então, o coágulo. “Estive lá por dez dias. Eu perguntei para o médico porque ele não falou do coágulo e ele disse que não era relevante. Ele não enxerga direito as pessoas. Foi conversar com o meu marido como se o meu marido fosse o médico, até que a enfermeira falou para ele que não era o médico, que era o pai da paciente. É um absurdo o que está acontecendo aqui.”

“Quero registrar também que a pediatra que fica lá todos os dias pela manhã anotou na ficha da minha filha que ela estava com nariz quebrado e encaminhou para cirurgia plástica, mas não falou nada para mim, como se isso fosse uma bobeira eu só fiquei sabendo porque a enfermeira mostrou.”

A mãe ainda diz que esperou o neurologista na sexta e no sábado deste final de semana, até que desabafou nas redes sociais. “Aí começou a aparecer gente aqui. Aparece gente de todo quanto é lado. Eu fiquei esperando o neuro durante o final de semana e ele só veio no domingo. Nos outros dias eu vi ele nos corredores, na ala do convênio, mas ele não foi ver o resultado da tomografia. Essas coisas a gente precisa divulgar, colocar para a população, para as autoridades, isso é muito grave, as desinformações.”

Resposta do Haoc

Via assessoria de imprensa, o hospital enviou uma nota. “A criança foi vítima de acidente automobilístico com trauma de face e craniano. Foi atendida pela equipe da pediatria, buco maxilo e neurocirurgia. Foi diagnosticado trauma de face e do nariz, mas sem desalinhamento de ossos, o que, a princípio, tem tratamento conservador.

Apresentava  traumatismo craniano leve, sendo recomendado pela neurocirurgia avaliação evolutiva. Fez tomografia de controle e como a lesão não progrediu e era de pequeno tamanho, e ainda, a criança apresentava-se assintomática, teve alta médica sob orientação da equipe de neurocirurgia.

Talvez a dúvida da mãe esteja no “tempo de espera” que em verdade tratou-se de acompanhamento evolutivo, natural neste tipo de caso, para saber se o hematoma (lesão) craniana estava estacionada, ou seja, se não haveria progressão da lesão, como não houve.

Se for possível, deveríamos saber quais os detalhes da dúvida para uma resposta mais especifica, porque passou por avaliação de vários especialistas, ficou internada sob avaliação e teve alta.