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Dia mundial sem carro: policial militar faz da bike o meio de transporte primário

Saúde, física e mental, em primeiro lugar. Este é o lema de vida do sargento da Polícia Militar Roberto Fernandes, de 46 anos, que mudou radicalmente o estilo de vida em outubro de 2007. A data representa o início de uma relação íntima entre o policial e sua bicicleta. De lá para cá foram mais de nove mil quilômetros pedalados.
 
O sargento, na Polícia Militar desde 1993, foi baleado na perna esquerda após tentativa de roubo em julho de 2017 e, após a recuperação, passou a sofrer com outras questões de saúde, tais como diabetes e excesso de peso.
 
Para cortar pela raiz estes problemas ele decidiu oficializar a bike como veículo primário de transporte. “Vi a bicicleta como um meio de locomoção alternativo e econômico. Admito que no início não foi fácil, mas com o passar do tempo, a sensação de bem-estar é o maior incentivo para continuar”, afirma.
 
Ele aponta a ausência de ciclovias e o excesso de ladeiras em algumas regiões da cidade como empecilhos iniciais, mas garante que são obstáculos plenamente transponíveis para os que almejam um estilo de vida mais saudável.
 
O sargento da PM pedala entre sete e 10 quilômetros diariamente. “Às vezes, no retorno do trabalho, eu pedalo um pouco mais. Mudo sutilmente o caminho para dar uma volta maior. Eu estipulei uma meta de 100 quilômetros pedalados na semana, então, seja durante a semana, ou aos sábados e domingos, eu dou conta de atingir essa quilometragem”, detalha o policial.
 
Benefícios
 
Trocar o carro pela bicicleta, ou por outros meios de transporte, é uma atitude que beneficia o meio-ambiente, mas principalmente o próprio indivíduo. “Melhora o trânsito, a saúde e é fundamental no futuro da logística de locomoção, especialmente nas grandes cidades”, defende o sargento Lima.
 
De acordo com o PM, além do condicionamento físico, o aumento da autoestima e da disposição, e a diminuição do estresse, são outros ganhos irrefutáveis oriundos deste modelo de locomoção movido à própria energia. “Quando não uso a bicicleta, opto por fazer o meu trajeto a pé, seja caminhando ou correndo”, afirma.
 
Para finalizar, o sargento deixa um motivador conselho aos que cogitam a mudança no método de locomoção. “Escolha pedalar! Comece respeitando os seus limites e não desista. O que parece sacrificante no início, logo se mostra prazeroso. Você, e todos ao seu redor, só tem a ganhar. O sentimento é de superação a cada quilômetro pedalado”.
 
foto: SSP