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CDHU, Cidade Nova e mais 10 bairros devem receber “mosquitos da dengue do bem”

A Prefeitura de Indaiatuba e a Oxitec do Brasil se preparam para a instalação dos dispositivos de liberação da segunda geração de Aedes do Bem™, a primeira fase do projeto com a liberação de adultos desta solução inovadora e segura na cidade de Indaiatuba, resultou em até 96% de supressão de mosquitos selvagens Aedes aegypti em comunidades tratadas em comparação com áreas não tratadas.

Sendo assim, as partes assinaram um novo acordo de colaboração para continuar com desenvolvimento do projeto de liberação da 2ª Geração de mosquitos Aedes do Bem™, que ajudará no combate ao Aedes aegypti selvagem, mosquito transmissor de doenças como Zika, dengue, febre amarela e Chikungunya.

No projeto-piloto realizado recentemente, foram liberados mosquitos machos adultos da linhagem OX5034 da Oxitec em quatro bairros, atingindo até 96% de supressão das populações-alvo do mosquito Aedes aegypti. A Oxitec do Brasil e a Prefeitura de Indaiatuba estão iniciando agora a segunda fase desse projeto para demonstrar a efetividade e avaliar novos métodos de liberação do mesmo Aedes do bem™.

Desta vez a liberação dos mosquitos machos, que não picam, será feita através da instalação de pequenas caixas de papelão simples contendo ovos e água que serão instaladas nos bairros. Desta caixa, nascerão apenas os mosquitos machos Aedes do Bem™.  A instalação dessas caixas começará em meados de outubro de 2019. Para que o teste funcione de acordo com o planejado é importante que os moradores não mexam nas caixas assim o mosquito poderá emergir e ajudar no combate.

O objetivo é implementar um sistema de vigilância preciso para avaliar a infestação dos mosquitos selvagens e o desempenho das liberações do Aedes do bem™. O monitoramento será realizado semanalmente, e para isso será utilizado um recipiente cheio de água conhecido como ovitrampa, que atraem mosquitos fêmeas para realizarem a oviposição; esses ovos serão levados para o laboratório para contagem, posteriormente, usados para avaliar a população de mosquitos.

A 2ª geração de Aedes do bem™ da Oxitec, contempla a liberação de mosquitos machos seguros e que não picam. Estes machos irão procurar por fêmeas selvagens em áreas de difícil acesso aos métodos de controle convencionais. Após o acasalamento, os descendentes fêmeas morrem, enquanto a prole macho sobrevive e continua a acasalar e reduzir ainda mais a população de mosquitos. A cada geração sucessiva, o número de machos da Oxitec diminui até que finalmente desapareçam do meio ambiente. Após o término das liberações, a Oxitec continuará monitorando o Aedes do Bem™ até que não seja encontrada mais nenhuma evidência no ambiente.

Como a tecnologia de 2ª geração da Oxitec produz apenas o macho Aedes do bem™, ela permite a implantação de diferentes métodos de liberação, incluindo os dispositivos que serão testados em Indaiatuba. Essa estratégia, antecipa a equipe da Oxitec, oferecerá uma solução Aedes do Bem™ mais econômica e flexível para o controle de mosquitos nas comunidades brasileiras.

Este projeto-piloto foi revisado e aprovado pela CTNBio – a autoridade brasileira reguladora de Biossegurança – que concluiu que o Aedes do Bem™ é seguro e não representa riscos para humanos, animais ou o meio ambiente. A aplicação desta tecnologia não impede o uso de ferramentas convencionais de controle vetorial já implantadas pela prefeitura, que continuará sua campanha para eliminar os pontos de água parada onde o Aedes aegypti se reproduz. O objetivo é que o novo mosquito Aedes do  Bem™ seja avaliado como uma estratégia adicional no combate ao mosquito transmissor de dengue, Zika, febre amarela e Chikungunya.

Sobre a Oxitec

A Oxitec é pioneira no uso de engenharia genética para controle de vetores e pragas que disseminam doenças e destroem culturas. Foi fundada em 2002 como uma “spinout” da Universidade de Oxford (Inglaterra). A Oxitec é uma subsidiária da Intrexon Corporation (NYSE: XON), empresa que utiliza biologia para ajudar a resolver alguns dos maiores problemas mundiais. Siga-nos no Twitter em @Oxitec, no  Facebook e no LinkedIn.

Foto: arquivo – RIC/PMI