MARCOS KIMURA*
A semana traz diversas novidades nos cinemas esta semana, com destaque para “Midway – Batalha em Alto mar”, baseado num famoso combate naval durante a II Guerra Mundial. O filme traz a perspectiva de soldados e aviadores (americanos e japoneses) que lutaram durante a Batalha de Midway, no Oceano Pacífico em junho de 1942.
Através de mensagens codificadas, a Marinha Americana conseguiu identificar a localização e o horário dos ataques previstos pela Marinha Imperial Japonesa. Após o ataque a Pearl Harbor e as quedas das Filipinas e Cingapura, foi a primeira vitória importante dos Aliados na Guerra do Pacífico, e pelas perdas nipônicas, especialmente de porta-aviões, pode ser considerado o momento da virada no conflito, que ainda se estenderia por mais três longos anos.
O elenco é estelar, com Ed Skrein (“Deadpool”), Patrick Wilson (“Aquaman”), Woody Harrelson (“Três anúncios para um crime”), Luke Evans (“A Bela e a Fera”), Mandy Moore (“This is Us”), Dennis Quaid (“O Dia depois de amanhã”), Aaron Eckart (“Obrigado por fumar”), Tadanobu Asano (o Hogun de “Thor) e o cantor Nick Jonas (“Jumanji – Bem vindo à selva”). O duro é que a direção é de Roland Emmerich, famoso por “Independence Day”, que não tem muito respeito pela história, como ficou óbvio em “O Patriota”. “Midway” surpreendeu nas bilheterias americanas ao deixar para trás o badalado “Doutor Sono”, mas foi arrasado pela crítica.
Duelo de titãs
“A Grande Mentira” é o encontro de dois monstros sagrados dos palcos e cinema britânicos, Helen Mirren, ganhadora do Oscar por “A Rainha”, e Ian McKellen, mais conhecido como Gandalf e o Magneto velho (mas quem já viu seu “Ricardo III” sabe que é muito mais que isso). Aqui ele é o golpista Roy Courtnay, que pretende aplicar seu golpe mais uma vez quando conhece a recém-viúva Betty McLeish (Helen) online.
Porém, à medida em que a mulher abre sua casa e sua vida para o vigarista, ele se surpreende quando começa a se importar com ela. Além de um duelo entre grandes intérpretes – eu parece remeter ao memorável “Armadilha Mortal”, com Laurene Olivier e Michael Caine – é mais uma parceria entre o diretor Bill Condon e McKellen, que já rendeu a ambos indicações ao Oscar por “Deuses e Monstros”, em 1995, sendo que Condon acabou levando a estatueta de Roteiro Adaptado. Também no elenco, Rusell Tovey, do excelente seriado britânico “Years and Years”.
Medo profundo: O segundo ataque
Espécie de continuação de “Medo Profundo” (2017), do mesmo inglês Johannes Roberts, conta a história de um grupo de cinco amigas aventureiras viaja até Recife, região nordeste do Brasil, para conhecer as ruínas de uma cidade subaquática, no litoral da cidade. No entanto, durante o passeio pelo fundo do mar, elas descobrem que não estão sozinhas e os verdadeiros “moradores” do local não estão muito satisfeitos com as visitas. Se o primeiro filme recebeu alguns elogios, este foi malhado principalmente por se repetir. No elenco, destaca-se Sophie Nélisse,mais conhecida como “A menina que roubava livros”.
Mais que vencedores
John Harrison (Alex Kendrick, que também dirige o filme) é um treinador de time de basquete de ensino médio que tem seus sonhos arruinados quando a maior fábrica da cidade é fechada, fazendo com que centenas de famílias precisem se mudar. Relutante em mudar de esporte, ele se vê obrigado a treinar corredores, o que acaba o unindo com uma inusitada atleta para ganhar a maior corrida do ano.
O Reino Gelado: A Terra dos Espelhos
Essa animação russa é a sequência de “O Reino Gelado”, de 2012. O rei correu o risco de perder sua família devido as ações malignas da Rainha da Neve. Quando ele encontra uma forma de acabar com a magia do mundo, todas as criaturas com poderes mágicos são banidas para a “Terra dos Espelhos”. Somente uma pessoa pode manter os seres mágicos no nosso mundo e impedir que eles fiquem presos.
Cineclube Indaiatuba
O drama biográfico O Menino que Fazia Rir é o cartaz do Cineclube Indaiatuba, terça, dia 26, às 19h40, no Topázio do Shopping Jaraguá. O filme conta a história de um dos humoristas de maior relevância na Alemanha, Hans-Peter Kerkeling, que consagrou-se no mundo artístico também como ator, apresentador e roteirista.
O que muitos fãs sequer imaginam é que a sua infância foi uma verdadeira história de tragédia, que ele conseguiu transformar em humor. A diretora Caroline Link já ganhou um Oscar de Filme estrangeiro por “Lugar nenhum na África” (2001). Após a sessão acontece um bate-papo com o público.
*Marcos Kimura é jornalista e curador do Cineclube Indaiatuba (SP).
fotos: Reprodução