O isolamento social no estado de São Paulo voltou a alcançar neste domingo (3) 59%, taxa considerada satisfatória pelo governo paulista. Na capital, o isolamento chegou a 58%. O ideal é a taxa acima de 70%, mas o governo considera satisfatórios índices entre 50% e 60%.
Segundo o governador João Doria, as cidades que não atingirem taxas satisfatórias e se mantiverem abaixo de 50% não vão participar do plano de relaxamento das medidas de isolamento, previstas para ter início no próximo dia 11, quando se encerrará o período de quarentena no estado. “Não havendo índice superior a 50%, cidades estarão automaticamente excluídas de relaxamento”, disse Doria.
Em Indaiatuba (SP), dos últimos 30 dias, em 8 houve índices abaixo de 50%, nos dias 9, 17, 22, 23, 24, 27, 28, 29 e 30 de abril. Os melhores índices de isolamento na cidade neste período foram de 61% nos dias 4, 5, 10 e 12 de abril. Durante o período de quarentena, somente os serviços considerados essenciais – como logística, segurança pública, saúde e abastecimento – têm funcionado permitido no estado. São Sebastião foi a cidade paulista com o mais alto índice de isolamento ontem, chegando a 69%, seguida por Ubatuba, com 67%.
De acordo com Doria, a quarentena adotada em São Paulo tem ajudado a diminuir a propagação do vírus. Se não fosse isso, haveria hoje 10 vezes mais mortes que as ocorridas até o momento, afirmou o governador. ” Se não tivéssemos feito o isolamento, São Paulo teria mais de 26 mil mortes. Ajudamos a salvar vidas de brasileiros em São Paulo”, disse Doria, em entrevista no Palácio dos Bandeirantes.
O governador reafirmou que não cederá a pressões partidárias ou de empresários para encerrar a quarentena no estado. Segundo Doria, a quarentena só será encerrada após a aprovação da ciência e da medicina. “Em São Paulo só faremos aquilo que a ciência e a medicina determinarem”, afirmou.
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