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“Fome de Poder” fala sobre história controversa do surgimento do McDonald’s

por HUGO ANTONELI JUNIOR

Se hoje você pode passar em um drive-thru para comer um hamburguer ou um milkshake em poucos minutos, muito se deve à ganância de Ray Kroc, empresário que transformou uma lanchonete de bairro em uma das franquias de alimentação mais valiosas do mundo. Quando comprou dos irmãos criadores por pouco menos de US$ 3 milhões, talvez nem imaginasse que a marca ultrapassaria o valor de US$ 17 bilhões recentemente. Toda a história está disponível no filme “Fome de Poder”, na Netflix, e é a dica para você assistir nesta pandemia. Veja outras dicas aqui.

O filme que conta a história da empresa é de 2016 e tem Michael Keaton vivendo o protagonista. O McDonald’s foi criado pelos irmãos Richard e Maurice no sul da Califórnia. O grande diferencial da rede é o sistema rápido com que os lanches são feitos. A inovação para fazer um sorvete com base de leite também é um dos pontos altos do início da franquia, como mostra o filme. Atualmente existem cerca de 40.000 unidades do McDonald’s que alimentam 68 milhões de pessoas todos os dias em 118 países.

De vendedor de máquinas de sorvete a dono da franquia, quem diria?

Kroc vendia máquinas de milk-shake (sem muito sucesso), quando os irmãos McDonald fizeram uma encomenda de seis liquidificadores. Kroc sentiu que havia ganhado na loteria, mas não tinha ideia do valor. Logo viu o potencial do inovador sistema de comida vertiginosa do restaurante McDonald’s: o custo era minúsculo, e os clientes, infinitos. O filme se passa em 1955, 15 anos depois que o restaurante original tinha sido fundado pelos irmãos.

Com a ideia de expansão, o então vendedor comprou uma parte dos direitos e “roubou” a marca dos irmãos. Ele conceituou o modo rápido de comer. Não era confortável comer no McDonald’s de Kroc. As cadeiras, por exemplo, eram desconfortáveis. Com isso houve mais rotatividade de clientes e, consequentemente, mais lucros.

Para a cultura brasileira as atitudes de Kroc soam como golpe e crime, mas para a cultura norte-americana o empresário que se apossou da marca como se tivesse fundado apenas “aproveitou as oportunidades”. É difícil não ter um pingo de raiva do protagonista tão bem retratado por Keane. O filme é uma boa atração para o período de pandemia e pode ser inspirador em alguns aspectos para os empreendedores.

fotos: reprodução