por CAROL BORSATO*
Será que você conhece o rádio?
Ah, na certa está pensando no rádio que ouve as suas músicas preferidas e o locutor anunciando a hora, né? Mas você está enganado. Eu digo rádio o elemento químico da tabela periódica. É isso mesmo. Aquela famosa tabela periódica que você precisou decorar quando estava no tempo da escola.
O rádio é um elemento radioativo, que foi descoberto pelo casal Curie 1867-1934. Na época de sua descoberta acreditava-se que ele poderia ser a cura para muitas enfermidades, mal sabiam eles que era um grande perigo. Seu número atômico (Z) é 88, seu ponto de fusão é por volta de 700 ºC, seu ponto de ebulição é cerca de 1140 ºC, sua densidade é de 5,0 g/cm 3 e sua massa atômica é 226/05 g/cm
Esses dois cientistas observaram que a pechblenda óxido de urânio era um minério muito radioativo do que o urânio que o contém. E resolveram investigar mais a fundo o caso, e descobriram que havia outro elemento radiativo em sua composição, o polônio.
Porém, o minério continuava mais radiativo que o polônio, e continuaram o trabalho de investigação, mas agora havia uma terceira pessoa envolvida nessa longa investigação que era Gustave Bémont, 1867-1932. Foi aí que descobriram o rádio, elemento químico mais radioativo descoberto até então do latim radius que significa raio.
O rádio brilha muito mesmo, e na época foi usado em muitas coisas, desde produtos de beleza, cremes dentais e até mesmo nas pinturas dos ponteiros de relógio, para facilitar para ver as horas de noite. Muitas meninas pintavam suas unhas com esse elemento químico e passavam nos pulsos, tudo para ficarem brilhosas.
Só que as pessoas começaram a adoecer, e a tecnologia medicinal não era capaz de descobrir que havia algo tão tóxico no organismo dessas pessoas. Por isso que é necessário tomar cuidado com esses produtos que prometem um mar de rosas, nem tudo que reluz é ouro e fica a dica.
*Carol Borsato é jornalista e é a primeira repórter deficiente visual da história de Indaiatuba (SP).
foto: divulgação