por HUGO ANTONELI JUNIOR
Ismael e Andrea nasceram, se criaram e se conheceram em Cascavel, no Paraná. Foi lá que eles se casaram no ano de 1990. Algum tempo depois eles se mudaram para Indaiatuba (SP), onde foram acolhidos pela paróquia Santo Antonio, no Jardim Morada do Sol. A família saltou de dois membros para oito. São três filhos, um genro, um futuro genro e um neto, conta Andrea.
Thais é a filha mais velha, casada com o Rogério, que tem o Heitor, o primeiro neto do casal, Maria Gabriele e João Henrique, além do futuro genro Gustavo. Eles chegaram a voltar ao Paraná, onde moraram por três anos, mas retornaram e hoje ela trabalha na paróquia que leva o nome do santo casamenteiro e padroeiro da família Souza, cuja data é lembrada neste sábado, 13 de junho.
“Meu filho caçula, o João Henrique, é um milagre de Santo Antonio”, diz Andrea. “Uma amiga minha fez uma trezena pela saúde do João, porque ele ficou internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ela deu para o João o Santo Antonio que tinha ganhado do namorado. Foi um gesto muito lindo dela”, afirma.
Ismael também relembra os fatos de 2010. “Na hora do parto, meu filho engoliu muita água e não conseguia respirar. Pedimos para que os paroquianos rezassem por ele, porque ele estava em estado grave. Graças a intercessão de Santo Antonio ele está muito bem.”
Em dezembro deste ano o casal vai completar 30 anos de casamento. “Fomos acolhidos pela paróquia Santo Antonio quando chegamos em Indaiatuba, em 1996. Desde então a gente está sendo agraciado com a presença dele e dos nossos irmão paroquianos”, diz Andrea. “Hoje o nosso pedido é pela saúde, pelo nosso livramento dessa doença e que Deus e os santos nos livrem disso. Livrem a nossa cidade e o nosso país”, pede.
Ismael resume a importância do santo para a família. “Temos ele como o alicerce de todas as famílias da paróquia, onde ele vem modelando cada um com o seu jeito de viver, como ele viveu, ajudando a todos sem olhar a quem. Vimos nestes 23 anos de paróquia muitas famílias se transformando e se fortalecendo a nossa fé.”
Quem foi Santo Antonio
O nome original de Santo Antônio era Fernando de Bulhões. Ele nasceu em 1195, em Lisboa, numa família nobre e rica. Educado em Coimbra, tornou-se membro da Ordem de Santo Agostinho e foi ordenado sacerdote aos 25 anos. Nesse tempo, a fama de Francisco de Assis já percorria Portugal. Em 1220, a chegada a Coimbra das relíquias de cinco mártires franciscanos mortos em Marrocos levou o jovem a entrar para a ordem dos franciscanos.
Ele adotou o nome de Antônio e partiu para Marrocos. Contudo, mal chegou ao país, ficou doente e teve que retornar a Europa. Desejoso de conhecer Francisco de Assis foi à Itália. Depois do encontro, foi designado para lecionar teologia aos frades de Bolonha. São milhares os relatos de milagres, como a pregação aos peixes, e graças alcançadas rogando seu nome. Padroeiro de Pádua e de Lisboa, ele é venerado por ajudar a arranjar casamentos e encontrar coisas perdidas.
Na arte ele é representado como um jovem cândido, com o hábito franciscano, segurando um lírio e carregando o menino Jesus. Antônio morreu em 13 de junho de 1231, nos arredores de Pádua, na Itália, com apenas trinta e seis anos de idade. Ali foi sepultado numa basílica que se tornou lugar de peregrinação. Ele foi canonizado no ano seguinte pelo papa Gregório IX.
fotos: arquivo pessoal