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Alta do cimento e dissídio coletivo em SP elevam custos da construção civil em 0,49% em julho

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgado na última sexta-feira (07) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), subiu 0,49% em julho, na maior alta do ano. A taxa é 0,35 ponto percentual acima da registrada em junho (de 0,14%) e 0,19 p.p. abaixo de julho de 2019. De janeiro a julho, o índice acumula alta de 1,97%. Nos últimos doze meses, a taxa soma 3,33%, resultado abaixo dos 3,52% registrados nos doze meses imediatamente anteriores.

“O resultado reflete a elevação dos custos das duas parcelas que compõem o índice agregado. A parcela dos materiais aumentou 0,48% devido a alta generalizada em diversos produtos, com destaque para o cimento, cujos preços subiram em praticamente todos os estados”, explica Augusto Oliveira, gerente da pesquisa. Outro fator que pesou na formação do índice agregado foram os dissídios coletivos em São Paulo e na Paraíba.

“Olhando a série histórica, a exceção de 2016 (0,2%), a taxa do mês de julho é tradicionalmente elevada por causa do dissídio coletivo em São Paulo, estado que tem um peso grande na formação do índice”, esclarece Oliveira.

 

Mão de obra teve variação de 0,50% e materiais 0,48% em julho

O custo nacional da construção, por metro quadrado, que em junho fechou em R$ 1.175,62, passou em julho para R$ 1.181,41, sendo R$ 619,58 relativos aos materiais e R$ 561,83 à mão de obra.

A parcela dos materiais apresentou variação de 0,48%, registrando alta significativa em relação ao mês anterior (0,17%), diferença de 0,31 ponto percentual. Quando comparado ao índice de julho de 2019 (0,47%), a taxa manteve-se no mesmo patamar.

Já a parcela da mão de obra registrou taxa de 0,50%, subindo 0,40 ponto percentual em relação ao mês anterior (0,10%). Em contrapartida, quando comparamos à taxa de julho de 2019 (0,92%), houve queda de 0,42 ponto percentual.

De janeiro a julho, os acumulados são 2,30% (materiais) e 1,56% (mão de obra), sendo que em doze meses os índices são de 3,62% (materiais) e 2,94% (mão de obra).

 

Região Sudeste registra maior alta

A Região Sudeste, com taxas positivas em todos os estados e acordo coletivo captado em São Paulo, ficou com a maior variação regional em julho, (0,70%).

As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 0,31% (Norte), 0,50% (Nordeste), 0,17% (Sul) e 0,24% (Centro-Oeste).

Os custos regionais, por metro quadrado, foram de: R$ 1.188,86 (Norte); R$ 1.096,97 (Nordeste); R$ 1.233,10 (Sudeste); R$ 1.232,40 (Sul) e R$ 1.179,66 (Centro-Oeste).

Entre os estados, a Paraíba com alta observada nas categorias profissionais e taxa de 2,25%, foi o estado que apresentou a maior variação mensal, seguido por São Paulo, com 1,05%, com aumento tanto na parcela dos materiais quanto na mão de obra.

 
Foto: divulgação.