CAROL BORSATO*
A vida de estudos do deficiente visual é bem complicada, pois nos dias atuais ainda há escolas regulares que não os aceitam. Apesar de toda tecnologia, como os computadores com leitores de tela e as linhas Braille, os deficientes são vistos com outros olhos.
Essa situação é triste, pois todo cego tem o sonho de estudar, de vencer na vida, como as pessoas que enxergam. Essas pessoas são pessoas normais, que desejam uma oportunidade de subir na vida, elas querem formar família, querem abrir empresas, não só empresa de coisas que sejam instrumentos de acessibilidade para cego.
Elas querem ser reconhecidas como gente, e tirar a marca de deficientes, deficiente é uma marca que atrapalha, se na entrevista de emprego você diz que é deficiente, a empresa logo dá alguma desculpa para não te chamar.
Precisamos mudar esse pensamento, essa filosofia, para mudar o mundo também.
*Carol Borsato é jornalista e é a primeira repórter deficiente visual da história de Indaiatuba (SP).