Um problema em praticamente todos os países afetados pela pandemia do novo coronavírus, a testagem em laboratório também transformou a rotina do Instituto Adolfo Lutz (IAL), do governo estadual paulista. Com capacidade atual para processar cerca de 400 testes por dia e uma demanda que, segundo a Secretaria Estadual da Saúde (SES), já chega a 1.200 amostras diárias, o instituto, que atende a rede pública de saúde, agora tem 14 mil testes esperando pelo resultado.
No sábado, o número era de 12 mil testes. Para tentar reduzir esse gargalo, o governo estadual e a Prefeitura de São Paulo dizem que estão implementando medidas que devem ampliar o número de testes processados por dia para 10 mil em meados de abril. “Hoje, nós temos um limite de 400 testes por dia no Adolfo Lutz”, afirmou Paulo Menezes, coordenador de Controle de Doenças de São Paulo. “A partir da semana que vem, nós vamos ampliar no Lutz pra 1.800 testes por dia. Vamos contar também com o Instituto Butantan produzindo mais mil testes por dia e, em 15 dias, nós conseguiremos atingir 10.000 testes por dia no estado de São Paulo para o SUS.”
Enquanto isso, todos os dias veículos de prefeituras da região Metropolitana se deslocam até a sede do instituto, nas Clínicas, zona oeste da Capital, para entregar mais amostras coletadas dos pacientes com sintomas graves e profissionais de saúde potencialmente infectados. Mas, muitas vezes, eles retornam sem resultados dos exames entregues até duas semanas antes.
De acordo com ele, no dia 2 de abril a capacidade seria de realizar mais 3 mil testes por dia e 8 mil exames diários a partir do dia 10 de abril. “Se fará uma alteração no processamento dos exames do Adolfo Lutz, onde uma parte pré-exame será feita de forma automática.”
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