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Alckmin diz que governo Lula iniciou transição e divulgará os nomes da equipe na segunda-feira

O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) afirmou, durante coletiva nesta quinta-feira, 3, que o processo de transição foi iniciado e os nomes da equipe deverão ser anunciados na segunda-feira, 7. A declaração foi após uma reunião com o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, e com o general Luiz Eduardo Ramos, da secretaria-geral da Presidência. De acordo com ele, o processo foi instalado com o objetivo da transparência. “A conversa foi bastante proveitosa. Todo o fluxo de informação  foi conversado e vamos encaminhar para a Casa Civil. Transição instalada com o objetivo da transparência, planejamento e continuidade dos serviços para a população”, disse. O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve começar a participar do processo na segunda-feira, quando haverá um conjunto de reuniões de trabalho para avançar na transição.

Após se reunir com Lula, os nomes da equipe deverão ser divulgados. Serão 50 pessoas com cargo que atuarão no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, na próxima semana. Alckmin não descartou a possibilidade de haver mais nomes, porém como voluntários. “Podemos requisitar algum servidor e voluntários que tenham conhecimento e possam colaborar com a transição. Os nomes serão divulgados na segunda-feira, após reunião com Lula”.

Ele reforçou a ideia de unir o país, dito por Lula durante o discurso após a vitória sobre o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) na votação de domingo, 30, e espera que o processo seja realizado da “melhor maneira possível”. “Lula deixou claro no seu discurso pós-eleição. Nossa tarefa é unir a nação. Ter uma agenda de propostas para o Brasil e melhorar a vida da população.  A transação começou. Agora é fazer da melhor maneira  possível em benefício da população”, finalizou.

 

PEC para viabilizar promessas de campanha 

Uma proposta de emenda à Constituição, que está sendo chamada de PEC emergencial de transição, é a aposta do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, para viabilizar o pagamento de promessas da campanha, como o Auxílio Brasil de R$ 600, a partir de janeiro de 2023. O texto, que será construído até a próxima terça-feira (8), flexibiliza o teto de gastos com despesas inadiáveis, como o programa de transferência de renda.

Em reunião na manhã desta quinta-feira com o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, integrantes da equipe de transição e parlamentares petistas, o relator-geral da Comissão Mista de Orçamento, senador Marcelo Castro (MDB-PI), disse que as promessas de campanha de Lula não cabem na proposta orçamentária para 2023, que foi governo de Jair Bolsonaro. “Todos sabem que não tem recurso para Farmácia Popular e que foram cortados recursos da saúde indígena, dos imunobiológicos e das vacinas. O Orçamento já é deficitário por si próprio. Pelo nono ano consecutivo, estamos fazendo Orçamento com déficit de aproximadamente R$ 65 bilhões”, afirmou Castro.

Ao sair do encontro, o coordenador da equipe de transição disse que esta PEC seria uma forma de redefinir os valores a serem gastos no próximo ano para pagamento do Bolsa Família com valor definitivo de R$ 600 e de não paralisar obras e serviços públicos.

Segundo Alckmin, para que o benefício seja pago com esse valor em janeiro, a PEC precisar ser aprovada até 15 de dezembro. De acordo com o vice-presidente eleito, também é preciso garantir orçamento para que serviços públicos e obras públicas não sejam interrompidos. Alckmin agradeceu ao relator do orçamento pela boa vontade em ajudar a construir a proposta. “Vamos também, senador Marcelo, procurar o relator da comissão mista de orçamento, Celso Sabino, e conversar com os presidentes da Câmara [Arthur Lira] e do Senado [Rodrigo Pacheco].”

 

 

Foto: divulgação