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Alta no preço de combustíveis impacta rotina de motoristas de transporte por aplicativo

A mudança de profissão para se tornar motorista por aplicativo foi feita há pouco mais de um ano. Israel Alves de Sousa tinha um emprego com carteira assinada, mas queria autonomia para escolher os horários de trabalho. O que ele não imaginava é que ia precisar trabalhar tanto para conseguir pagar as contas. O motorista de Mogi das Cruzes conta que atualmente trabalha todos os dias, domingos, feriados para conseguir levar algum lucro para casa.

O que pesa mesmo no orçamento é o combustível. Depois dos últimos aumentos nas bombas, Sousa fez as contas e resolveu instalar o Gás Natural Veicular (GNV). “Atualmente o gás dá o lucro equivalente ao que a gasolina dava antes da pandemia, então é possível complementar a renda que a gente perdeu com os reajustes e ter um lucro até 60% maior”, conta o motorista.

Apesar da alta no preço dos combustíveis, muitos motoristas por aplicativo continuam no trabalho porque precisam dessa fonte de renda. Aqui no Alto Tietê, de acordo com a associação do setor, são cerca de 9.000 mil profissionais nas ruas transportando os passageiros.

O presidente da Associação dos Motoristas por Aplicativo do Alto Tietê, Maicon Cristian Flores, explica que o impacto desses aumentos sucessivos é grande para os motoristas. “Alguns motoristas chegam a ter 50% de custos, dentro do que eles ganham na plataforma, só no combustível”, comenta Flores. Ainda de acordo com ele, reduzir a velocidade, calibrar sempre os pneus e pesquisar os postos com melhor custo benefício, são algumas das dicas para economizar.