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Após plano de demissão em massa, Sancetur promete manter motoristas em Indaiatuba

A Sancetur Turismo demitiu entre os dias 9 e 10 de julho, cerca de 50 monitoras do transporte escolar em Indaiatuba (SP), e os motoristas do transporte urbano – operado pela SOU, empresa que pertence à Sancetur, também ficaram com medo de perder seus empregos.

Algumas funcionárias afirmaram ter recebido uma mensagem pelo Whatsapp – às 13h de quinta-feira (9) – dizendo que as mesmas deveriam comparecer à empresa no mesmo dia, às 16h. Quando chegaram ao local, receberam o aviso de que seriam dispensadas, e que o valor da rescisão seria parcelado. 

Já os motoristas da SOU Indaiatuba, que opera o transporte urbano na cidade, conversaram com o Comando Notícia e disseram que temiam uma demissão em massa, e que a empresa já tinha em seu planejamento essa demissão. Disseram ainda que ameaças vinham sendo feitas contra eles, mas que graças ao apelo popular, o pior não aconteceu.

A empresa divulgou na quarta-feira (15) uma nota falando sobre o ocorrido, que diz: “A empresa SOU Indaiatuba, comunica  a todos os seus colaboradores que, felizmente, em decorrência da publicação nesta última terça-feira, do Decreto Federal nº 10.422, não promoverá dispensa de empregados que vinha sendo programada, mantendo sem qualquer alteração a situação de redução da jornada de trabalho. Solicitamos a compreensão de todos e torcemos para superar o mais rapidamente possível a grave crise que a todos nós afeta.” 

 

Subsídio emergencial do transporte urbano 

O subsídio da Prefeitura de Indaiatuba (SP) para a empresa Sou, da Sancetur, ultrapassou R$ 1,2 milhões em menos de dois meses, indicam dados que o Comando Notícia obteve em dados da transparência do site da Prefeitura. O limite de repasse, segundo a lei aprovada pela maioria dos vereadores, seria de R$ 1.060 milhão. Enquanto durar o período de pandemia e o estado de emergência na cidade, o repasse acontecerá – é o que diz a lei aprovada. O limite mensal é de R$ 529 mil.

Segundo a lei aprovada, o valor da passagem é de R$ 8,35 – sendo que o usuário do transporte paga R$ 4,10 e a Prefeitura paga R$ 4,25 até o limite de R$ 529 mil por mês. No cálculo feito pelo Comando Notícia na época da aprovação da lei, seria necessário que a empresa fizesse 4,1 mil viagens por dia, ou seja, dois mil passageiros fazendo duas viagens ou mil passageiros fazendo quatro viagens por dia.

 

Pagamento do transporte escolar

Nós entramos em contato com a Prefeitura, que em nota respondeu ” … por conta da pandemia, o serviço de transporte escolar não está sendo executado e, portanto, não há pagamento para a empresa. Com relação a demissões, a Administração Municipal não tem conhecimento.”

Nós também entramos em contato com com a Sancetur, mas não obtivemos resposta até o fechamento desta matéria.

 

Entenda o caso . 

 

foto: arquivo/Comando Notícia.