Polícia

Balão cai em árvore, é “resgatado” e responsáveis fogem

INDAIATUBA – A irresponsabilidade de soltar balões – o que é proibido por lei -, terminou em uma árvore na rua Candelária, no Centro, na manhã desta quinta-feira (12). De acordo com testemunhas, pelo menos dois rapazes subiram em cima de casas para resgatar um balão que caiu no local.

Felizmente, o balão já tinha apagado e não atingiu nenhuma residência ou a rede elétrica. Os dois responsáveis pelo balão, além subirem em muros de residências no entorno, fugiram sentido Campinas antes que a Guarda Civil ou Polícia Militar chegassem até o local para atender a ocorrência.

Em março, um caso parecido foi registrado. Rapazes que tiveram a mesma atitude foram levados à Delegacia. Guardas os detiveram no Jardim Alice depois que eles invadiram uma residência atrás de um balão que havia caído.

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Soltar balões é crime

A soltura de balões é ato pernicioso, pois coloca em risco as aeronaves, dificultando ou até inviabilizando a navegação aérea. Por isso, é considerado crime conforme estabelecido no art. 261 do Código Penal. Além disso, a atividade se enquadra como crime ambiental, de acordo com o art. 42 da Lei 9.605/98, porque pode ocasionar incêndios em áreas florestais e urbanas.

Mas a despeito de todos esses problemas, muitas pessoas ainda insistem neste tipo de ação. De acordo com dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), no ano de 2016 foram reportados 510 avistamentos de balões na rota de aeronaves, sendo o estado de São Paulo o campeão com 307, seguido do Rio de janeiro, com 117 casos, e Paraná, com 54 notificações. De acordo com a pesquisa, em 2016 o maior número de ocorrências, no total de 103, se deu no aeródromo de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo.

Apesar de não haver registro de acidentes aeronáuticos relacionados aos balões livres de ar quente não tripulados, um incidente, considerado grave, ocorreu em junho de 2011. Logo após a decolagem do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, a aeronave colidiu com um balão a 12 mil pés (cerca de quatro mil metros de altura) e teve a obstrução dos tubos de pitot (dispositivo que colhe dados de velocidade e pressão atmosférica). Além de desconexão do piloto automático, a colisão afetou o sistema de navegação da aeronave.

As consequências de um impacto entre uma aeronave e um balão, de acordo com o Coronel Heleno, são imprevisíveis, pois aspectos como tamanho e peso do balão, velocidade no momento do impacto, área da aeronave atingida (asa, fuselagem, motor) irão influenciar diretamente no dano provocado.