Cidades

Bandeira tarifária de abril será verde, diz Aneel; consumo cresceu 4,6% em fevereiro

As contas de luz manterão em abril a chamada bandeira tarifária verde, que não gera custos adicionais para os consumidores, disse a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na sexta-feira (29). O mecanismo, que visa sinalizar aos consumidores as condições da oferta de energia, aumenta custos quando entra nos patamares amarelo ou vermelho, acionados principalmente quando há condições hidrológicas desfavoráveis, dado o predomínio das hidrelétricas na produção de energia do Brasil.

“A previsão hidrológica projetada para o mês ainda indica a tendência verificada em março, de recuperação do nível dos reservatórios. Essa conjuntura favorável aponta para a manutenção da produção hidrelétrica e do nível de risco hidrológico em patamares condizentes com o perfil de bandeira verde”, afirmou a Aneel em nota. O sistema de bandeiras sinaliza o custo real da energia gerada. A cor da bandeira é impressa na conta de luz (vermelha, amarela ou verde).

Quando chove menos, por exemplo, os reservatórios das hidrelétricas ficam mais vazios e é preciso acionar mais termelétricas para garantir o suprimento de energia no país. Nesse caso, a bandeira fica amarela ou vermelha, de acordo com o custo de operação das termelétricas acionadas. Também nesta sexta-feira, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) projetou chuvas em 87% da média histórica na área dos reservatórios das hidrelétricas do Sudeste em abril, conforme relatório semanal divulgado nesta sexta-feira.

Consumo aumentou em fevereiro

O consumo de energia elétrica no Brasil cresceu 4,6% em fevereiro, em comparação ao mesmo mês do ano passado, de acordo com a Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica, divulgada na sexta-feira (29) pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia. No acumulado de 12 meses, houve aumento de 1,7%. No primeiro bimestre de 2019, a alta no consumo foi de 4,4%, em relação a igual período de 2018.

À exceção da Região Norte, cujo consumo de energia caiu 9,3% em fevereiro, motivado pela redução do consumo industrial no segmento de metalurgia dos metais não ferrosos (-22,4%), as demais regiões brasileiras mostraram expansão do consumo. A maior elevação foi registrada no Centro-Oeste (9,1%) do país. O Nordeste e o Sul tiveram aumento de 6,9% e 6,5%, respectivamente, enquanto na Região Sudeste o consumo cresceu 4,4%.

A análise por classes de clientes revela que a maior alta em fevereiro foi verificada no consumo residencial (9,2%), seguida do comercial (7,2%), devido às altas temperaturas, acima de 28 graus Celsius na maioria das capitais, que levaram ao uso mais intenso de equipamentos como ar-condicionado e ventiladores.

com Agência Brasil

foto: divulgação