Cidades

Bebê Pyetro será transferido para a PUC, em Campinas

HUGO ANTONELI JUNIOR

INDAIATUBA – Foi confirmada na tarde desta sexta-feira (9) a informação de que o bebê Pyetro, internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Augusto de Oliveira Camargo (Haoc), será transferido para o hospital da Pontíficia Universidade Católica (Puc), em Campinas.

Com duas semanas de vida, ele depende de um cardiologista especializado e a vaga necessária é fornecida pela Central de Regulação de Ofertas de Serviço de Saúde (Cross). Desde o começo desta semana a família procura ajuda e a obtenção da vaga teve o empenho, de acordo com a Prefeitura, do Haoc com a Secretaria Municipal de Saúde, pessoalmente também pela secretária Graziela Garcia.

O Haoc afirmou em nota, via assessoria de imprensa, ao Comando Notícia, que não é credenciado, habilitado ou dispõe de recursos em cardiologia infantil. “Quando ocorre o nascimento de uma criança com uma cardiopatia mais grave, estes bebês são transferidos para estes grandes centros, seja paciente do SUS, de convênio ou particular. Não temos em nosso corpo clínico e nem há estes recursos médicos na cidade de Indaiatuba, dependendo de profissionais de fora do município.”

A Prefeitura, também em nota, afirmou que após o diagnóstico de que o pequeno Pyetro precisaria de uma cirurgia cardíaca, foi feito um esforço conjunto entre a Secretaria Municipal de Saúde e o Haoc para agilizar a vaga junto à Cross, do Governo do Estado de São Paulo, por onde são regulados os procedimentos de alta complexidade.

A vaga foi disponibilizada na Puc, em Campinas, e a equipe de cirurgia cardíaca pediátrica está preparada para receber a criança. Agora o município aguarda liberação de uma vaga de UTI pediátrica na instituição para encaminhá-lo para o serviço, o que deverá acontecer nos próximos dias. Até que isso aconteça, o bebê continua recebendo todos os cuidados necessários na UTI pediátrica do Haoc.”

Ainda em nota, o Haoc explicou que quando ocorre o nascimento de uma criança com uma cardiopatia mais grave, estes bebês são transferidos para estes grandes centros, seja paciente do SUS, de convênio ou particular. Não temos em nosso corpo clínico e nem há estes recursos médicos na cidade de Indaiatuba, dependendo de profissionais de fora do município.

“O diagnóstico de cardiopatia congênita do bebê já pode ser suspeitado ainda no útero, pelo ultrassom pré-natal, e nesta situação a própria gestante já é orientada a ter seu bebê em hospitais que disponham de tal recurso. Habitualmente estes bebês nascem assintomático ou, quando já manifestam precocemente a descompensação cardíaca, necessitam de tratamento clínico de UTI neonatal até que se possa fazer o diagnóstico mais completo pelo ecocardiograma, cateterismo cardíaco infantil ou outros recursos que este hospital não dispõe. E ainda, estes bebês, quando grave, necessitam estabilização de seus sistemas vitais para, eventualmente, suportar uma cirurgia cardíaca ou uma intervenção hemodinâmica.”

Sobre este caso, em específico, o Haoc afirma que o paciente é portador de cardiopatia complexa, com defeito de septo cardíaco com shunt circulatório importante. “Está internado em UTI neonatal recebendo toda assistência que dispomos. O ecocardiograma foi realizado por cardiologista de adulto, não especializado em recém nascido, para que se tivesse uma ideia de sua patologia e fosse possível rastrear uma vaga de transferência através dos órgãos competentes, a outro hospital. Com o laudo do ecocardiograma já solicitamos ao órgão regulador do estado (CROSS), a vaga de transferência desta criança para um serviço especializado.”

foto: divulgação/arquivo pessoal