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Brasil, que acaba de receber o 5G, tem quase 90 mil orelhões ativos; saiba onde eles estão

Na Rua Alair Pereira da Silva, no bairro Taquaril, na Região Leste de Belo Horizonte, o orelhão tocou por volta das 16h da última quarta-feira (6). Sim, um orelhão tocou em julho de 2022, no dia em que o 5G começou a operar no Brasil.

A quinta geração de internet móvel promete uma revolução: conexão com velocidade ultrarrápida, avanços de tecnologias como carros que dirigem sozinhos e a possibilidade de ligar muitos objetos à internet ao mesmo tempo.

“Alô?”, disse Felipe, de nove anos, que atendeu o orelhão da Rua Alair Pereira da Silva, 14 anos mais velho que ele. O aparelho foi instalado lá no dia 20 de janeiro de 2000. Ele é um dos 167 orelhões que, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), ainda estão disponíveis em Belo Horizonte. No Brasil são 88.047.

Porém, nem todo mundo dá atenção para estes aparelhos. Aliás, hoje em dia quase ninguém mais “dá um telefonema”. E o que grande parte dos moradores de Belo Horizonte quer é a chegada do 5G, que oferece mais velocidade para quem quer se conectar.

Belo Horizonte, São Paulo, Porto Alegre e João Pessoa serão as próximas cidades a receber e tecnologia, depois do Distrito Federal. Ainda não há data para que isso aconteça.

Mas Felipe, acostumado a ver vídeos pelo celular e mandar mensagens por aplicativos, reparou no orelhão.

“Eu achei que poderia ser algo importante e resolvi atender”, disse o garoto que passava pela rua quando o telefone tocou.

Esta repórter aqui já tinha ligado para 35 orelhões diferentes, antes do localizado na Rua Alair Pereira Da Silva. Destes, seis não completaram a ligação, 12 apresentaram mensagem de desligamento e um estava ocupado.

Só o Felipe atendeu. Logo uma criança. E de nove anos. Quem nem sabe o que é cartão telefônico e nunca viu uma ficha.

“Tchau, tia. Vou nessa”, se despediu.

Com informações: G1 Minas Gerais 

Foto: Google Maps/Divulgação