Cachorra ficou mais de 12h presa a vergalhão de aço antes de ser resgatada em Piracicaba
Uma cachorra resgatada no último sábado (11) em Piracicaba (SP), ficou mais de 12h presa ao vergalhão de aço, segundo informou o veterinário do município, Matheus Ferreira dos Santos. Ela foi socorrida após vizinhos terem acionado a Guarda Civil Municipal.
“Até mesmo eu, que já estou acostumado com esse tipo de resgate, choca muito, abala, e é uma das coisas assim que a gente não consegue nem descrever”, disse o veterinário.
A cadela vira-lata ficou presa a um vergalhão de aço espetado no corpo, e ficou ali sofrendo nessa mesma posição por, ao menos, 12 horas. A suspeita é que a cachorra caiu do muro e ficou presa. O Corpo de Bombeiros foi chamado pra cortar o vergalhão e libertar o animal.
“Acidente a gente sabe que acontece, mas manter ela por mais de 12 horas naquela situação, quando a lesão, quando a gente fez a cirurgia, já mostrou uma lesão de necrose, inclusive”, relata o veterinário.
A cachorra foi levada pelo setor de zoonoses da prefeitura pra uma clínica veterinária de Piracicaba. Ela passou por uma cirurgia e não corre mais risco de morte. Imagens mostram ela em pé e quase recuperada.
“Já está com medicamento pra dor, com antibióticos fortes pra gente conseguir conter a infecção, mas está bem. A gente fica bem feliz de ver que ela já está conseguindo se levantar, já está conseguindo se alimentar, isso pra gente é uma vitória”, conta o veterinário.
Cachorro que ficou presa em vergalhão passou por cirurgia e se recupera em Piracicaba — Foto: Reprodução
Dono foi preso por maus-tratos
A cachorra foi resgatada em uma casa no bairro Parque Orlanda. As equipes foram ao local depois de uma denúncia anônima. Pelo menos 10 animais também com sinais de violência foram recolhidos no mesmo local.
“Uma situação de inanição, sem cuidado algum, com sinais de maus-tratos, tinha uma outra cachorra com um corte na região da cabeça, a gente prestou pronto-atendimento ali, e tinha mais uma cachorra que estava com filhotes, que tinha nascido há cinco dias, na área externa da residência”, relata o veterinário.