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Cadela com paralisia resgatada da rua em SP encontra novo lar e pode voltar a andar com tratamento

A cadela com paralisia que foi resgatada da rua por uma faxineira em Jardinópolis (SP) já encontrou um novo lar em Ribeirão Preto (SP). Rebatizada de Neguinha para Frida, ela ficará sob os cuidados de uma protetora de animais, a faxineira Regina Maria da Silva.

Regina mantém um abrigo para 200 animais resgatados em situação de maus-tratos. Nesta quarta-feira (21), Frida passou a viver no local que virou seu novo lar, já que a própria Regina ficou comovida com a história e decidiu adotá-la.

“Animais são especiais. São anjos. Eles não têm nada de ruim. São puros, verdadeiros e devolvem nosso carinho com tudo que eles têm de melhor, que é o amor puro que nós, seres humanos, não temos”, diz.

 

Regina adota cadela paralítica resgatada em rua de Jardinópolis (SP) — Foto: Chico Escolano/EPTV

 

Busca por ajuda

Frida ficou na casa da faxineira Suelen Bernardes Lopes por dois dias. Na segunda-feira (19), Suelen a resgatou após o passageiro de um carro abandonar o animal na rua da casa da patroa dela, no bairro São Marcos, em Jardinópolis. Câmeras de segurança registraram a ação, mas não foi possível identificar a placa do veículo para prestar queixa.

Sensibilizada com a situação do animal, Suelen decidiu levá-la para Ribeirão Preto, onde mora, e passou a buscar ajuda. Como trabalha o dia todo fora de casa, não pôde adotá-la, por saber que não poderia oferecer os cuidados e dar a atenção necessária a ela.

“Na rua, ela não ia ter segurança. Pensei no bem-estar dela. Eu não ia nem dormir, sabendo que ela estaria se rastejando na rua, debaixo de chuva, com fome e frio”, disse.

Cadela paralítica é examinada por médica veterinária em Ribeirão Preto (SP) — Foto: Chico Escolano/EPTV

 

Esperança de retomar movimentos

Nesta quarta-feira, Regina encontrou Frida na casa de Suelen. Após a despedida, a cadela foi levada a uma clínica parceira dela. De acordo com a médica veterinária Mariana de Felício, a cadela tem chance de voltar a andar, pois ainda responde a estímulos na região em que sofreu lesões – provavelmente em decorrência de um atropelamento.

“Ela tem reflexos diminuídos, mas tem, e isso já nos deixa bastante contentes, porque dá bastante chance de voltar a andar”, diz Mariana.

Cadela paralítica resgatada da rua passa por atendimento em Ribeirão Preto (SP) — Foto: Chico Escolano/EPTV

 

A médica veterinária diz que o quadro clínico de Frida sugere que ela tinha um lar, já que a cadela não perdeu massa muscular nem tem carrapatos ou problemas na pelagem.

“Quando as pessoas percebem que o animal está com algum tipo de patologia e que isso vai acarretar gastos, há abandono. São animais doentes, que precisam de cirurgia e, em muitos casos, eles simplesmente descartam”, diz.

A nova dona da Frida e a filha, Lorena Maria Melline, já cuidam de outra cadela com deficiência, a Umay, que só tem as patas da frente e usa tênis para auxiliá-la na locomoção.

“Quando ela está em piso liso, ela derrapa, então o tênis é com antiderrapante para ela não escorregar quando ela anda”, diz a estudante.

 

 

 

 

Foto: divulgação

Com informações de G1