Câmara constitui comissão para cobrar da Artesp mais segurança na rodovia SP-75
Os vereadores aprovaram nesta segunda-feira (11) requerimento da vereadora Clélia Santos propondo a constituição de uma Comissão de Representação para cobrar a agência reguladora de transporte do Estado (Artesp) a adoção de medidas que melhorem a segurança dos usuários da rodovia SP-75 – também denominada rodovia Santos Dumont no trecho Campinas/Itu e rodovia Archimedes Lammoglia entre Itu e Sorocaba.
Dados divulgados pela agência reguladora apresentam números alarmantes: de janeiro a junho foram registrados na rodovia 825 acidentes com centenas de feridos e 24 mortos.
O requerimento da vereadora detalha a ocorrência dos acidentes no trecho sob concessão da empresa Colinas (trecho de 54 kms que se estende de Campinas a Itu) nos primeiros cinco meses do ano: 356 acidentes com 11 óbitos. “Desses, 119 envolveram motocicletas que resultaram na morte de cinco motociclistas”, lamenta Clélia Santos.
Os principais pontos críticos identificados foram os km 40 a 45 em Salto e o km 69, em Indaiatuba. “As estatísticas apontam concentração significativa de ocorrências em ambos os municípios, principalmente em áreas urbanas e de acesso a polos industriais, o que revela a urgente necessidade de atenção dos órgãos competentes à necessidade de melhorias na infraestrutura viária, sinalização, fiscalização e ações preventivas voltadas aos usuários da via, com ênfase especial à segurança de motociclistas”, afirma a vereadora.
A Câmara de Salto também formou uma Comissão de Representação para tratar com a Artesp. “A população, os prefeitos e os vereadores da região estão alarmados com o aumento do número de acidentes na rodovia e estão pleiteando medidas imediatas”, diz a parlamentar.
Ao defender na tribuna a instalação da comissão, Clélia Santos informou ontem o número de mortes no trecho Campinas/Itu: “Em junho, os vereadores de Indaiatuba Hélio Ribeiro, Du Tonin e eu participamos de um encontro na Câmara de Salto debatendo o assunto, e aguardando melhorias. Mas de junho até agora a situação da rodovia em nada mudou: por isso, mais quatro vidas foram ceifadas na estrada”.
A SP-75 tem 78 quilômetros de extensão e encontra-se sob concessão de três empresas: Colinas, ViaOeste e Rota Sorocabana. A Colinas é a responsável pelo trecho que passa por Indaiatuba e pelo qual trafegam mensalmente 1,8 milhão de veículos.
APOIO
O requerimento de Clélia Santos recebeu aprovação unânime dos vereadores, e vários deles subiram à tribuna para manifestar apoio à proposta.
O presidente da Câmara, Túlio Tomass do Couto, disse que, além dos acidentes, há outros sérios problemas a serem resolvidos: assaltos na rodovia, segurança nos acessos e o valor do pedágio – um dos mais altos do Estado. “A concessionária tem muita coisa para melhorar”, ressaltou.
Hélio Ribeiro disse que “há muita coisa a ser feita: por exemplo, nos acessos da antiga hípica e dos motéis você não consegue ver nada. Esses acessos precisam passar por intervenções”.
Alexandre Peres afirmou que fez inúmeros ofícios à concessionária, solicitando melhorias, sem obter resultado. “A criação da comissão é de extrema importância”, sublinhou.
Wilson Índio da Doze lembrou que, em reunião na Câmara de Campinas, propôs a redução da velocidade máxima permitida nos trechos em que a rodovia atravessa o perímetro urbano dos municípios. Também não foi atendido. “Unidos, os vereadores da região têm mais chances de sucesso”, afirmou.
COMPOSIÇÃO
Após a aprovação do requerimento, o presidente da Câmara disse que a composição da nova comissão será anunciada até segunda-feira.
Com informações: Assessoria-CMI
