A Secretaria de Saúde de Campinas (SP) registrou, de 1º janeiro até 14 de fevereiro, 154 casos confirmados de dengue. O balanço, divulgado nesta terça-feira (18), também informou que não foi registrado nenhum óbito por complicações da doença.
O primeiro balanço divulgado pela Prefeitura, em 27 de janeiro, a cidade somava 34 casos. Os registros saltaram 353% em três semanas. De acordo com a secretaria, a região Norte é a mais afetada pelo mosquito Aedes aegypti, com 43 casos positivos. Ela é seguida pela região Leste, com 33 enfermos. A região Sudoeste aparece terceiro lugar entre as mais afetadas, com 29.
Combate à dengue
A prefeitura informou que atua em diversas frentes para tentar evitar a proliferação do mosquito da dengue. Além do controle de criadouros, orientação aos moradores, capacitação de médicos e enfermeiros da rede pública e privada quanto aos pacientes, a Secretaria de Saúde também passou a usar as redes sociais para alertar a população sobre casos suspeitos nas regiões onde moram.
A prefeitura também dispõe de um site com informações sobre os trabalhos realizados e como os moradores podem colaborar no combate ao mosquito. No primeiro mês deste ano, as equipes da Secretaria de Saúde aplicaram inseticida em 7,4 mil imóveis localizados nas áreas de maior risco de transmissão.
“A população deve estar muito atenta às suas casas e à presença de criadouros, já que está muito calor e houve período de muitas chuvas. É importante não deixar água parada, para reduzir os criadouros e evitar o aumento do número de casos de dengue”, ressaltou a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Andrea Von Zuben.
Entre os cuidados que devem ser tomados pela população estão:
- Evitar acúmulo de água em latas, pneus e outros objetos;
- Vasos de flores devem ter a água trocada a cada dois dias;
- As caixas d’água e outros recipientes usados para armazenar o líquido devem ser vedados;
- Vasos sanitários inutilizados devem permanecer fechados.
Histórico
A cidade encerrou 2019 com a terceira maior epidemia de dengue da história com 26,3 mil casos e cinco mortes provocadas pela doença, informou a prefeitura em janeiro. A pior epidemia registrada por Campinas ocorreu em 2015, com 65.634 casos confirmados da doença. Um ano antes, a cidade contabilizou 42.109 pessoas infectadas pelo vírus. Com as altas temperaturas e a introdução do sorotipo 2 da doença, o município trabalha para evitar nova epidemia de dengue neste ano.
