do G1 Campinas
A Prefeitura de Campinas confirmou, na tarde desta sexta-feira (1), o primeiro caso autóctone do vírus chikungunya no município. De acordo com a Secretaria de Saúde, a vítima é uma idosa que tem entre 60 e 70 anos, moradora do bairro Nova Europa, região Sul da cidade. A paciente manifestou os sintomas em junho e ficou dez dias internada, mas a confirmação do registro só foi feita pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, nesta semana.
Ainda de acordo com a Vigilância Epidemiológica, a idosa é vizinha de uma mulher que viajou para a Bahia e também teve a contaminação de chikungunya.
Além do caso autóctone, ou seja, contraído no próprio município, Campinas tem outros oito registros do vírus confirmados – todos importados –,, e cinco em investigação. Ainda existem 105 notificações de dengue e 49 de zika, que também são transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti.
O secretário de Saúde de Campinas, Cármino de Souza, afirmou, em coletiva nesta sexta-feira, que ações de bloqueio foram feitas no bairro e os mutirões serão retomados a partir de outubro, quando também haverá uma capacitação para médicos da rede. “A chikungunya é uma doença que causa um desconforto enorme e prolongado. A gente precisa que cada cidadão cuide da sua casa”, disse o titular da pasta.
A chikungunya tem sintomas parecidos com a dengue e zika como febre, manchas vermelhas na pele, coceira, dor de cabeça e nas articulações. No entanto, segundo a diretora da Vigilância Epidemilógica, Andrea Von Zuben, o vírus é mais grave para adultos do que as outras duas doenças, e pode contaminar 100%, porque ainda é nova na maioria dos municípios. “A pessoa pode ficar meses com a doença ou alguns ficam doente a vida inteira”, explicou Andrea.