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Campinas registra uma morte por suspeita de dengue; Indaiatuba tem 22 casos confirmados

JOSEANE MIRANDA

A incidência de dengue preocupa a Região Metropolitana de Campinas (RMC) e todo o estado de São Paulo. Na semana passada a Secretaria de Saúde de Campinas informou que uma criança de cinco meses do sexo feminino moradora da região sul da cidade morreu em decorrência da doença. A criança recebeu tratamento em rede particular.

Em Indaiatuba (SP) os últimos dados da doença foram divulgados no último dia 9 de abril. A cidade possuía até esta data 22 casos positivos de dengue, sendo 12 contraídos dentro do próprio município e mais 5 casos importados residentes, um não residente e quatro ainda estavam em investigação. Na cidade a região do Parque São Lourenço é a que mais preocupa por ser a com maior  incidência da doença até este momento. São 8 casos confirmados.

Em Valinhos foram registrados até esta terça-feira (16) 21 casos confirmados de dengue. Dos casos 15 deles são autóctones, contraídos no próprio Município, seis importados, de moradores que foram contaminados em outras cidades. A cidade registrou desde janeiro até agora 125 notificações de dengue, das quais 39 casos negativos e 63 aguardando resultado. Dois outros casos também foram confirmados na cidade, mas os moradores são de Vinhedo e Campinas.

Em Indaiatuba (SP) uma professora que pediu para não ter o nome divulgado contraiu dengue e teve que ficar afastada do trabalho por quatro dias. Ela contou à reportagem sobre os primeiros sintomas. “Senti fortes dores nas articulações, muita fraqueza”. Ela precisou tomar soro por via oral muito líquido e medicamento para dor prescrito pela médica de confiança que a acompanhou. O tratamento foi feito em rede particular.

Esta foi a primeira vez que a professora contraiu a doença. Ela relata que ficou “mal por duas semanas e até agora ainda sente  fraqueza. “Quando procurei o médico já estava com a dengue, como tenho fibromialgia, imaginei que estivesse em crise. Quando tive febre, percebi que poderia ser algo diferente”, relata sobre os sintomas.

Dengue

O período do verão é o mais propício à proliferação do mosquito Aedes aegypti, por causa das chuvas, e consequentemente é a época de maior risco de infecção por essas doenças. No entanto, a recomendação é não descuidar nenhum dia do ano e manter todas as posturas possíveis em ação para prevenir focos em qualquer época do ano.

Por isso, a população deve ficar atenta e redobrar os cuidados para eliminar possíveis criadouros do mosquito. O Ministério da Saúde afirma que a principal ação que a população tem é se informar, conscientizar e evitar água parada em qualquer local em que ela possa se acumular, em qualquer época do ano.

As principais medidas de prevenção e combate ao Aedes Aegypti que provocam doenças como dengue, zika e chikungunya, doenças que podem gerar outras enfermidades, como microcefalia e Guillain-Barré, são:

  • Manter bem tampado tonéis, caixas e barris de água;
  • Lavar semanalmente com água e sabão tanques utilizados para armazenar água;
  • Manter caixas d’agua bem fechadas;
  • Remover galhos e folhas de calhas;
  • Não deixar água acumulada sobre a laje;
  • Encher pratinhos de vasos com areia até a borda ou lavá-los uma vez por semana;
  • Trocar água dos vasos e plantas aquáticas uma vez por semana;
  • Colocar lixos em sacos plásticos em lixeiras fechadas;
  • Fechar bem os sacos de lixo e não deixar ao alcance de animais;
  • Manter garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo;
  • Acondicionar pneus em locais cobertos;
  • Fazer sempre manutenção de piscinas;
  • Tampar ralos;
  • Colocar areia nos cacos de vidro de muros ou cimento;
  • Não deixar água acumulada em folhas secas e tampinhas de garrafas;
  • Vasos sanitários externos devem ser tampados e verificados semanalmente;
  • Limpar sempre a bandeja do ar condicionado;
  • Lonas para cobrir materiais de construção devem estar sempre bem esticadas para não acumular água;
  • Catar sacos plásticos e lixo do quintal.

foto: divulgação