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Casarão e Arquivo Público estão com itens de segurança em dia, diz Prefeitura

HUGO ANTONELI JUNIOR

Menos de 12 horas depois do incêndio que destruiu um dos mais importantes museus do Brasil, localizado no Rio de Janeiro, o Comando Notícia questionou a Prefeitura de Indaiatuba para saber quais são as reais condições da parte histórica da cidade – mais especificamente o Arquivo Público Municipal Nilson Cardoso de Carvalho e o Casarão Pau Preto.

Via assessoria de imprensa, a Fundação Pró-Memória de Indaiatuba informou que “possui todos os  itens de segurança exigidos, aprovados e vistoriados pelo Corpo de Bombeiros”. A Prefeitura, porém, não detalhou quais seriam as ações caso os locais sofressem com um incêndio.

Sobre a digitalização dos aquivos, a fundação disse que “o Arquivo Público Municipal “Nilson Cardoso de Carvalho” possui digitalizado todo o seu acervo fotográfico e desde 2016  está desenvolvendo o projeto de digitalização de sua Hemeroteca (coleções de jornais, revistas, periódicos e obras em série).”

A parte histórica de Indaiatuba tem endereço futuro, a Casa da Memória de Indaiatuba, onde funcionará a Biblioteca Municipal e o Arquivo Permanente da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba. A construção começou em outubro de 2015 e tinha estimativa de um ano para inauguração. Atualmente não há previsão para começar a operar.

A Prefeitura informou que a Casa da Memória abrigará, “além do acervo da Biblioteca Pública “Rui Barbosa”, o acervo do arquivo Público Municipal incluindo os documentos na fase intermediária e os documentos permanentes ou históricos”, diz. “Já o acervo do Museu Municipal continuará no Casarão Pau Preto.”

Com o custo de R$ 4.936.479,01, o prédio em construído na rua Vitória Régia, no Jardim Pompéia, terá quatro pavimentos. O pavimento inferior, que terá acesso pela Rua das Camélias, abrigará a Biblioteca, a administração e o almoxarifado.

Tragédia histórica no RJ

Um incêndio de proporções ainda incalculáveis atingiu, no começo da noite deste domingo (2), o Museu Nacional do Rio de Janeiro, na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, na zona norte da capital fluminense. O prédio histórico de dois séculos foi residência da família real brasileira e tinha um dos acervos mais importantes do país – são cerca de 20 milhões de peças.

O fogo começou às 7h30 e foi controlado apenas por volta das 3h da manhã desta segunda-feira (3). Porém, os bombeiros continuaram no local fazendo o trabalho de rescaldo e de combate a outros focos de fogo.

No local, também estava Luzia, o mais antigo fóssil humano encontrado nas Américas, que remete a 12 mil anos, e representa uma jovem de 20 a 24 anos. No museu, havia ainda o esqueleto do Maxakalisaurus topai, maior dinossauro encontrado no Brasil.

O museu era a mais antiga instituição histórica do país, pois foi fundado por dom João VI em 1818. É vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com perfil acadêmico e científico. Tem nota elevada nos institutos de pesquisa por reunir peças raras, como esqueletos de animais pré-históricos e múmias.

com Agência Brasil

fotos: divulgação