Chegada do inverno marca o aumento de casos de rinite e sinusite – Comando Notícia
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Chegada do inverno marca o aumento de casos de rinite e sinusite

No dia 20 de junho começa oficialmente o inverno 2025 no Brasil. As baixas temperaturas e a redução da umidade do ar marcantes nessa estação do ano são fatores agravantes para doenças respiratórias, especialmente asma e rinite. Vale ressaltar que a rinite é uma condição altamente prevalente, chegando a afetar quase 40% da população brasileira. Por isso, nessa época do ano, são necessários cuidados especiais para evitar complicações de saúde, alerta a médica otorrinolaringologista Juliana Caixeta.

“O tempo seco pode causar ou agravar doenças respiratórias devido à baixa umidade do ar, que resseca as vias aéreas e facilita a entrada de vírus e bactérias. Doenças como infecções de vias aéreas superiores, rinite alérgica, bronquite e pneumonia são as que mais levam à procura por atendimento médico nesta época do ano”, afirma Juliana Caixeta. 

A médica explica que a umidade baixa pode ressecar as mucosas do nariz e estimular os sintomas alérgicos, como a rinite alérgica. Além disso, a alta circulação de vírus, como o da gripe, aumenta o risco para sinusites virais . O tempo mais frio também favorece aglomerações em ambientes fechados e mal ventilados, o que eleva o risco de transmissão de doenças infectocontagiosas e acúmulo de alérgenos como poeira e ácaros. 

Rinite e sinusite são condições inflamatórias relacionadas ao sistema respiratório, mas afetam áreas diferentes. A rinite é a inflamação da mucosa nasal, causando sintomas principalmente no nariz, como espirros, coriza e congestão nasal. A sinusite, também conhecida como rinossinusite, é uma infecção, com sintomas que podem incluir febre, dor facial, dor de cabeça, tosse e secreção nasal espessa. 

Os sintomas da rinite são espirros, coriza, congestão nasal, coceira no nariz e olhos, e, em alguns casos, tosse. Já a sinusite é marcada por dor ou pressão facial, secreção nasal purulenta, congestão nasal, tosse, dor de cabeça e, em casos mais graves, febre. 

A otorrinolaringologista destaca que a rinite pode evoluir para sinusite, se não tratada adequadamente. “A inflamação nasal pode facilitar a entrada de bactérias e infecções nos seios da face. A obstrução nasal causada pela rinite também pode impedir a drenagem adequada do muco nos seios da face, criando um ambiente propício para infecções”.

O tratamento pode variar dependendo da causa e gravidade dos sintomas. “Em geral, pode envolver repouso, hidratação, descongestionantes nasais, analgésicos, anti-inflamatórios e, em casos de infecção bacteriana, antibióticos. Lavagem nasal também pode ser recomendada para remover o muco. Entretanto, em caso de sintomas persistentes ou agravamento, é crucial consultar um médico para diagnóstico e tratamento adequado”, salienta Juliana Caixeta.

Como se proteger

Para se proteger dos males à saúde causados pelo tempo seco e as temperaturas mais baixas, é recomendável se atentar à hidratação, principalmente porque quando está mais frio, é comum ter menos desejo de tomar água. “Beber bastante água ajuda a manter as mucosas hidratadas e a prevenir o ressecamento”, afirma a otorrinolaringologista.

Também é recomendável usar um umidificador de ar para ajudar a aumentar a umidade do ar em ambientes fechados; evitar fumaça, poeira e outros irritantes do ar pode ajudar a proteger as vias aéreas; manter a casa limpa e arejada; higienizar as mãos regularmente, o que pode ajudar a prevenir infecções; e usar soro fisiológico para limpar as narinas e os olhos, para manter as mucosas hidratadas. 

É importante ainda evitar permanecer em locais fechados e mal ventilados, especialmente quando esse local estiver com excesso de pessoas; usar máscaras de três camadas quando estiver transportes públicos; alimentar-se de forma saudável; ter boas noites de sono; manter as vacinas em dia, evitar o hábito de fumar e também visitar ou receber visitas que estejam com sintomas respiratórios.

Sobre as atividades físicas, é recomendável evitar nos dias muito secos e procurar também praticar longe das vias de grande circulação de carros, devido ao aumento da poluição. É importante também evitar exercícios físicos entre às 10h e 16h, quando a umidade do ar costuma ficar ainda mais baixa.

“E, quando perceber os primeiros sinais de alguma doença respiratória, procure atendimento médico para as devidas orientações de como proceder. No caso de pessoas com doenças respiratórias crônicas, devem consultar um médico para avaliar a necessidade de ajuste na medicação e outras medidas preventivas”, orienta a médica. Estar com as vacinas em dia também pode evitar infecções.     

Dicas para amenizar os desconfortos

É possível adotar hábitos durante o tempo seco para evitar os amenizar os desconfortos causados pela baixa umidade relativa do ar. Seguem algumas dicas dadas pela otorrinolaringologista Juliana Caixeta.

  • Ingerir bastante líquido.
  • Espalhar panos ou baldes com água em ambientes da casa, principalmente no quarto, ao dormir, ou utilizar umidificadores de ar.
  • Evitar grandes aglomerações.
  • Evitar carpetes ou cortinas que acumulem poeiras.
  • Evitar roupas e cobertores de lã ou com pelos.
  • Evitar exposição prolongada à ambientes com ar condicionado.
  • Manter a casa higienizada, arejada e ensolarada.
  • Lavar nariz e olhos com soro fisiológico algumas vezes ao dia.
  • Trocar comidas com muito sal ou condimentos por alimentos mais saudáveis.

Fonte especialista: Médica otorrinolaringologista Juliana Caixeta

 
Com informações: De Palavra Comunicação