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Cidades da Região Metropolitana de Campinas decidem cancelar carnaval de 2022 por conta da pandemia

Os prefeitos das cidades que compõem a Região Metropolitana de Campinas (RMC) decidiram, em conjunto nesta segunda-feira (29), pelo cancelamento do carnaval de 2022. Já as festas de Natal e réveillon serão definidas por cada município, separadamente.

A reportagem questionou a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Campinas sobre a adesão à decisão e aguarda retorno.

Segundo o diretor-executivo da Agência Metropolitana de Campinas (Agemcamp), Odair Dias, a proibição vale para as festas de carnaval subsidiadas pela prefeitura. Em ambientes particulares, haverá a recomendação para que não ocorra.

A informação também foi confirmada pela Prefeitura de Jaguariúna (SP), cujo prefeito, Gustavo Reis, é presidente do Conselho de Desenvolvimento da RMC. Segundo o conselho, a decisão foi unânime entre as 20 cidades.

As cidades que compõem a RMC são: Americana, Artur Nogueira, Campinas, Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba, Jaguariúna, Monte Mor, Morungaba, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Santa Bárbara d’Oeste, Santo Antônio de Posse, Sumaré, Valinhos e Vinhedo.

 

Variante e vacinação

 

Segundo o diretor-executivo da Agemcamp, a decisão se dá por conta da pandemia de Covid-19. “Principalmente por existir uma parcela da população que ainda não recebeu a 2ª dose, além do surgimento da nova cepa”, disse Odair.

A ômicron foi classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como variante de preocupação. A cepa foi descoberta na África do Sul e tem cerca de 50 mutações, sendo mais de 30 na proteína “spike” – usada pelo vírus para entrar nas células e que é o alvo da maioria das vacinas.

Até esta segunda-feira, todos os continentes já registram casos da variante nos seus territórios. Um gráfico do jornal “Financial Times”, que compara a velocidade de transmissão da ômicron com outras já conhecidas, ganhou espaço nas redes sociais.

Segundo especialistas, ele mostra que o ritmo de transmissão da variante é superior ao de outras, inclusive as já famosas, como a delta, mas, ao mesmo tempo, os dados se referem exclusivamente à África do Sul, onde é baixo o percentual de pessoas vacinadas.

Por isso, não é possível extrapolar a análise e dizer que o mesmo vai se repetir em países com outras taxas de vacinação e de pessoas que já tiveram a Covid-19.

Por g1 Campinas e Região

Foto: Jonatan Morel/EPTV